O volume de negócios consolidado da Sonae cresceu 5,5%, para 3.222 milhões de euros, no primeiro semestre, suportado pelos desempenhos da Sonae MC e da Worten, que continuaram a conquistar quota de mercado, e pelos sinais encorajadores da Sonae Fashion e da Sonae Sierra, no segundo trimestre, período em que o grupo registou um crescimento de 5,1%, para mais de 1,6 mil milhões de euros.
“O segundo trimestre de 2021 foi, globalmente, um período positivo e encorajador para a Sonae, apesar dos desafios que continuamos a enfrentar em cada um dos nossos negócios. Foi um período em que continuámos a dar passos importantes no sentido de sermos cada vez mais digitais, centrados no cliente, internacionais e sustentáveis. Após um período de fortes limitações às nossas operações, o abrandamento das restrições, no início do segundo trimestre, permitiu que os nossos negócios assistissem a bons sinais de recuperação em diferentes geografias e comprovassem a competitividade e robustez das suas propostas de valor, alavancadas num conhecimento único dos clientes e em competências digitais distintivas”, comenta Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.
As vendas online cresceram 33% no primeiro semestre, em termos homólogos, com todos os negócios integramente consolidados a crescerem face aos desempenhos excecionais do ano passado.
Em termos de rentabilidade, tanto o EBITDA subjacente como o EBITDA total registaram taxas de crescimento de dois dígitos, no primeiro semestre. O EBITDA subjacente aumentou 11,4%, para 246 milhões de euros, sendo que, no segundo trimestre, a Sonae conseguiu apresentar uma melhoria de 9,9% em termos homólogos, para 136 milhões de euros, devido, sobretudo, à recuperação da Sonae Fashion e à evolução da Worten em Espanha. Este desempenho impulsionou o EBITDA em 15,5%, no primeiro semestre, para 292 milhões de euros, e em 31,2%, no segundo trimestre, para 165 milhões de euros.
O resultado líquido da Sonae situou-se em 62 milhões de euros, no primeiro semestre.
Sonae MC cresce 5,4%
As vendas da Sonae MC cresceram 5,4%, face ao primeiro semestre de 2020, para 2,5 mil milhões de euros, com um “like for like” implícito de mais 2,3%.
Após os primeiros três meses, com um novo confinamento em Portugal, no segundo trimestre, assistiu-se a um abrandamento gradual das restrições, sendo que os consumidores procuraram regressar a padrões de consumo mais normais e não houve inflação alimentar, de acordo com o INE (-0,1%). Adicionalmente, o segundo trimestre de 2021 compara com um homólogo completamente diferente, visto que, no ano passado, houve um confinamento total em Portugal com um pico de procura. Não obstante, a Sonae MC registou um desempenho muito positivo, com um crescimento do volume de negócios de 4,4%, face ao período homólogo, e um “like for like” de mais 1,3%, essencialmente, impulsionado pela recuperação dos novos negócios em crescimento.
Mais uma vez, um importante destaque para o negócio online, que continuou a crescer no trimestre, mesmo comparando com um pico atípico de 2020. Quando comparado com o segundo trimestre de 2019, as vendas deste canal duplicaram e, nos primeiros seis meses de 2021, as vendas online totais aumentaram 45% em termos homólogos.
Em termos de rentabilidade, o EBITDA subjacente melhorou 7,3%, para 235 milhões de euros, representando uma margem de 9,4%.
Worten cresce 7,5%
Por sua vez, o volume de negócios da Worten aumentou 7,5%, para 518 milhões de euros, com um “like for like” de mais 14,4%. O desempenho de vendas beneficiou do crescimento do mercado de eletrónica, com a Worten a superá-lo e a reforçar a sua quota de mercado. A insígnia apresentou um aumento de 29%, em termos homólogos, nas vendas online no final do primeiro semestre.
No segundo trimestre, a Worten apresentou um desempenho de vendas positivo, totalizando 246 milhões de euros, um valor que traduz um crescimento superior a 4% face ao segundo trimestre de 2019 e que está quase em linha com o homólogo de 2020, tendo este último beneficiado de vendas extraordinárias resultantes do primeiro período de confinamento rigoroso do ano passado. Numa base comparável, a Worten apresentou um crescimento de 1,5%.
Este crescimento das vendas e o processo de reestruturação em Espanha contribuíram para uma melhoria do EBITDA subjacente, que atingiu 31 milhões de euros, no primeiro semestre, com uma margem de 6%.
Centros comerciais crescem 23,6%
Numa base contabilística proporcional, no primeiro semestre, a Sonae Sierra registou um volume de negócios de 66 milhões e um resultado direto positivo de 10,8 milhões de euros. No segundo trimestre, o volume de negócios cresceu 23,6%, para 35 milhões de euros.
Sonae Fashion cresce 41,5%
O desempenho do sector no segundo trimestre deu sinais encorajadores de recuperação e a Sonae Fashion revelou ter um bom desempenho, ganhando quota de mercado nos seus principais mercados. O volume de negócios total, de abril a junho, atingiu os 74 milhões de euros, mais 41,5% em termos homólogos (61,5% numa base comparável), impulsionado por todas as marcas e pelas operações online e offline. Este foi um desempenho muito sólido, sobretudo quando comparado com 2019, um ano sem restrições, visto que a Sonae Fashion conseguiu registar um valor de vendas quase em linha com o valor do segundo trimestre desse ano (78 milhões de euros).
Em termos acumulados, as vendas da Sonae Fashion ascenderam a 135 milhões de euros, mais 3,7% face ao ano anterior e 5,1% numa base comparável. É de destacar que as vendas online continuaram a apresentar elevadas taxas de crescimento, tendo atingido 17% do volume de negócios total.
Seguindo a tendência das vendas, a Sonae Fashion conseguiu apresentar uma melhoria do EBITDA subjacente, atingindo 5,4 milhões de euros no segundo trimestre e 1,5 milhões de euros no primeiro semestre.
ISRG recupera face aos trimestres passados
Para a ISRG, o primeiro trimestre (fevereiro-abril) representou uma recuperação significativa, com todas as marcas a apresentar uma evolução positiva encorajadora. O canal online desempenhou um papel fundamental neste trimestre, com uma taxa de crescimento de dois dígitos, mais do que compensando a evolução do canal offline que continuou a ser prejudicado pelas restrições da pandemia, nomeadamente em Portugal.
No global, os últimos seis meses de 2021, terminados a 1 de maio, demonstraram um desempenho positivo, tendo o volume de negócios neste período crescido 18%, em termos homólogos, para 363 milhões de euros. Além disso, o desempenho em maio e junho continuou a mostrar sinais encorajadores em ambas as regiões e em todos os canais.