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Vendas da Sonae crescem 6%

O volume de negócio consolidado da Sonae cresceu 5,9% para 3.136 milhões de euros, com um aumento “sem precedentes” das vendas online e ganhos de quota de mercado na maioria dos negócios.

O segundo trimestre de 2020 foi, seguramente, um dos trimestres mais desafiantes da história da Sonae. Após um bom início de ano, fomos atingidos pela pandemia Covid-19 em meados de março e foi durante o segundo trimestre que sentimos os principais impactos desta situação sem precedentes. Como afirmei em diversas ocasiões, a nossa principal preocupação, desde o primeiro dia, tem sido a saúde e a segurança das nossas pessoas, clientes e parceiros, enquanto continuamos a prestar serviços essenciais à sociedade e a apoiar as nossas comunidades. Todos os nossos negócios foram severamente afetados por este contexto adverso, mas tenho orgulho em dizer que a nossa resposta coletiva foi extraordinária”, afirma Cláudia Azevedo, CEO da Sonae.

O desempenho consolidado da Sonae no segundo trimestre teve dois momentos distintos: o período de confinamento, até meados de maio, foi marcado por um forte impacto na maior parte dos s negócios, positivo no caso do desempenho de vendas da Sonae MC e da Worten Portugal e condicionado na Sonae Sierra, na Worten em Espanha e na Sonae Fashion, visto terem sido forçados a suspender as suas operações durante este período. Já no período pós-confinamento, registou-se a reabertura de todas as lojas e a redução gradual das medidas restritivas, mas ainda com alguns centros comerciais a operar em horário reduzido e, portanto, a registar um menor número de visitantes.

O crescimento no segundo trimestre foi de 5%, para 1.584 milhões de euros. De acordo com a Sonae, o crescimento das vendas foi impulsionado pela rapidez na implementação de fortes medidas operacionais e pelo desempenho das vendas online, permitindo ganhos de quota de mercado na maior parte dos negócios, sendo de destacar o forte contributo da Sonae MC.

Em relação ao EBITDA subjacente, a Sonae alcançou um resultado de 229 milhões de euros no primeiro semestre (-5%) e de 129 milhões de euros no segundo trimestre (-7%). Esta evolução é explicada, sobretudo, pela desconsolidação de dois centros comerciais “core” (consequência da transação Sierra Prime) nas contas estatutárias da Sonae Sierra e pelo impacto negativo do período de confinamento na Sonae Sierra e na Sonae Fashion. Excluindo o impacto do Sierra Prime, o EBITDA subjacente da Sonae teria permanecido estável em termos homólogos no semestre.

O resultado indireto da Sonae foi impactado sobretudo pela redução do valor dos ativos da Sonae Sierra como resultado da pandemia, um efeito não monetário que pressionou para um valor negativo de 16 milhões de euros no segundo trimestre. De realçar que, apesar da situação de pandemia, no segundo trimestre, o resultado direto foi positivo, em seis milhões de euros.

O nosso portfólio apresentou um desempenho muito resiliente ao longo das últimas semanas. Gostaria de destacar os desempenhos excecionais da Sonae MC e da Worten, que, num contexto tão desafiante, foram capazes de reforçar as suas posições de liderança no mercado português e crescer mais de 9% e 6%, em termos homólogos, respetivamente, neste segundo trimestre do ano. Gostaria também de salientar a resiliência dos restantes negócios do nosso portfólio, principalmente aqueles que foram forçados a encerrar durante a maior parte do segundo trimestre. A Sonae Sierra enfrentou uma situação particularmente desafiante, nomeadamente em Portugal, com todos os centros comerciais praticamente encerrados durante o trimestre e uma elevada incerteza quanto ao recebimento de rendas devido a uma legislação sem precedentes (apesar dos acordos que tinham sido já celebrados com a grande maioria dos lojistas). Globalmente, a Sonae cresceu 5% em termos homólogos no trimestre e o EBITDA subjacente, em termos comparáveis, manteve-se estável face ao ano passado. Este é um desempenho notável, considerando que muitas das nossas operações estiveram encerradas durante várias semanas”, detalha Cláudia Azevedo.

 

Sonae MC cresce 11,5%

No retalho alimentar, o segundo trimestre apresentou as mesmas tendências observadas no final do primeiro. O volume de negócios cresceu 9% em termos homólogos, para 1.237 milhões de euros, com um crescimento comparável superior a 6% e com um desempenho muito positivo nos hipermercados, devido à sua vasta oferta, espaço amplo e perceção de ambiente seguro, supermercados de proximidade, uma vez que os clientes estão mais próximos de casa para suas necessidades diárias, e negócio online, que continuou a registar um crescimento de dois dígitos durante o segundo trimestre e permaneceu em níveis elevados, mesmo após o fim do período de confinamento. Em relação aos novos negócios de crescimento, após um início desafiante no segundo trimestre, com a maioria das lojas fechadas, começaram a registar uma recuperação em junho.

O desempenho das vendas no segundo trimestre levou a um volume de negócios de 2.431 milhões de euros no final do primeiro semestre, contribuindo para um crescimento de 11,5% em termos homólogos e um comparável de 8,3%. Relativamente à rentabilidade operacional subjacente, o impacto incremental da Covid-19 no lado dos custos, principalmente no segundo trimestre, levou a uma margem ligeiramente inferior face ao ano passado. Entre os custos diretos e indiretos relacionados com a pandemia, destacaram-se os custos com medidas de higiene e de segurança e prémios pagos aos colaboradores, juntamente com as mudanças no canal e no mix de produtos que pressionaram a margem bruta. Em suma, a margem EBITDA subjacente situou-se em 9,3.

 

Worten cresce 6%

No retalho de eletrónica, a Worten teve um forte segundo trimestre em termos de vendas e rentabilidade, apesar de contextos muito diferentes em Portugal e em Espanha. A procura no canal online continuou a gerar crescimentos de vendas de dois dígitos, sendo o principal impulsionador do desempenho das vendas. Nesse contexto, apesar dos encerramentos em Espanha, e como resultado do aumento online, o volume de negócios cresceu 6% em termos homólogos (“like for like” de 9%), atingindo 250 milhões de euros no segundo trimestre e 482 milhões de euros no primeiro semestre. Destaque para as categorias de TI e entretenimento, que registaram um forte crescimento, facilmente compreendido face à situação atual.

No que se refere à rentabilidade, o EBITDA subjacente da Worten melhorou sete milhões de euros em termos homólogos, para 12 milhões de euros (margem de 4,7%) no segundo trimestre, impulsionado pelo desempenho das vendas, nomeadamente em Portugal.

 

MO e Zippy alcançam vendas online de 2019 apenas num trimestre

Para a Sonae Fashion, o segundo trimestre foi atípico e afetado pelo encerramento de todas as lojas, uma vez que as medidas de confinamento estiveram em vigor na maior parte do mesmo. A partir de meados de maio, as lojas começaram a reabrir, ainda assim condicionadas por exigências legais e por uma limitação do número de visitantes nos centros comerciais.

Parte do impacto severo sentido nas vendas foi compensado por um desempenho muito positivo do negócio online, que mais do que duplicou face aos valores do ano passado no segundo trimestre. Vale a pena destacar a Zippy e MO que registaram valores das vendas online cinco e seis vezes superiores, respetivamente, tendo atingido o valor das vendas de 2019 em apenas um trimestre.

Globalmente, o volume de negócios da Sonae Fashion, no primeiro semestre, situou-se em 131 milhões de euros, diminuindo 25% em termos homólogos.

 

ISRG com desempenho positivo após reabertura

Os primeiros meses do ano fiscal da ISRG foram severamente afetados pela Covid-19, já que a partir de meados de março todas as lojas da empresa foram encerradas em Portugal e Espanha, representando um período de paragem em metade do trimestre. Esta situação implicou que o resultado do método de equivalência patrimonial da empresa incluído nas contas da Sonae fosse negativo em seis milhões de euros no trimestre.

O desempenho após a reabertura das lojas da ISRG, desde junho, em ambas as geografias, tem sido “muito positivo e encorajador”.

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