Metaverso
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Metaverso poderá crescer quase 5 biliões de euros até 2030

O novo relatório da McKinsey & Company “Value creation in the metaverse” revela que o metaverso poderá ser demasiado grande para ser ignorado, com um potencial para crescer até cerca de 4,77 biliões de euros, em valor, até 2030. Segundo o estudo, o e-commerce surge como a maior força económica (quase 2,5 biliões de euros), à frente de sectores como a aprendizagem virtual (257 mil milhões de euros), a publicidade (196 mil milhões de euros) e o gaming (119 mil milhões de euros).

O metaverso representa um ponto de inflexão estratégico para as empresas e apresenta uma oportunidade significativa para influenciar a forma como vivemos, nos conectamos, aprendemos, inovamos e colaboramos”, refere Eric Hazan, sócio sénior da McKinsey. “A nossa ambição é ajudar os líderes das empresas B2B e do sector de bens de consumo a compreenderem melhor o seu poder e potencial, identificar estratégias prioritárias e agir como uma força para a sua evolução

Para Emilio Capela, sócio da McKinsey, há três passos fundamentais que as empresas devem ter em conta antes de embarcar no metaverso: “definir a sua posição, decidir como e onde se querem conectar ao consumidor e preparar uma estratégia a longo prazo. Para determinar a posição, a empresa deve decidir se quer ser disruptiva ou seguidora no percurso de adoção do metaverso, com base no seu ‘target’ e no papel que o digital desempenha na sua estratégia global. Em relação ao segundo passo – como e onde se conectar –, trata-se de estabelecer um padrão quanto aos bens digitais que vai desenvolver e que novas experiências vai criar no mundo virtual. Finalmente, ter uma visão a longo prazo ajuda a dimensionar o investimento, o desenvolvimento de capacidades ou a incorporação de talentos necessários para levar a cabo as estratégias, juntamente com uma visão sobre que colaborações externas ou aquisições em termos de plataformas é necessário desenvolver”.

 

Investimento

Já este ano, empresas, capital de risco e private equity investiram mais de 114 mil milhões de euros no metaverso, mais do dobro dos 54 mil milhões de euros investidos ao longo do ano passado.

Vários fatores estão a impulsionar este entusiasmo por parte dos investidores: avanços tecnológicos contínuos em toda a infraestrutura necessária para alimentar o metaverso, fatores demográficos favoráveis, marketing de marca e “engagement” cada vez mais dirigidos ao consumidor e crescente oferta de marketplac,e à medida que os utilizadores exploram a versão atual do metaverso, que é em grande parte impulsionada pelo gaming, enquanto começam a surgir aplicações para interação social, fitness, comércio, aprendizagem virtual, entre outras utilizações. Atualmente, mais de três mil milhões de jogadores, em todo o mundo, já têm acesso a diferentes versões do metaverso.

Embora a ideia de nos conectarmos virtualmente já exista há décadas, o certo é que agora é cada vez mais uma realidade, o que significa que pessoas reais a utilizam e gastam dinheiro real e é algo em que as empresas apostam muito”, refere Emilio Capela. “No entanto, este interesse crescente tornou difícil separar o ‘hype’ da realidade. Vale a pena lembrar que enquanto o primeiro ‘boom’ do ‘dot-com’ resultou no desaparecimento de dezenas de empresas, a própria Internet foi ganhando cada vez mais força, dando origem a novos participantes”, acrescenta.

 

Consumidores já estão envolvidos com o metaverso

Os consumidores já estão a viver nesta realidade. A investigação desenvolvida pela McKinsey mostra que os consumidores estão entusiasmados com a transição para o metaverso, com quase seis em cada dez (59%) a preferirem, pelo menos, uma experiência no metaverso a uma alternativa física.

Entre estes consumidores, são identificadas certas atividades que se destacam por serem as preferidas no mundo imersivo: compra de bens físicos ou virtuais (79%), assistir a eventos sociais virtuais ou jogar jogos sociais (78%) e praticar exercício físico utilizando a realidade virtual (76%).

 

Impacto significativo na sua indústria

Os líderes empresariais encaram o potencial do metaverso como impulsionador do impacto e do crescimento dos seus negócios. 95% dos líderes diz esperar que o metaverso tenha um impacto positivo na sua indústria, num espaço de cinco a dez anos, com 31% a afirmar que o metaverso irá mudar fundamentalmente a forma como a sua indústria funciona. Mais significativamente, um quarto dos líderes espera que a tecnologia do metaverso impulsione mais de 15% do crescimento da margem total da sua organização, nos próximos cinco anos.

O metaverso colocou-nos na crista da próxima onda da disrupção digital”, adianta Emilio Capela. “É transformador. Terá provavelmente um grande impacto na nossa vida comercial e pessoal e é por isso que as empresas, os decisores políticos, os consumidores e os cidadãos poderão querer explorar e compreender o mais possível este fenómeno, a tecnologia que o sustentará e as ramificações que poderá ter para as nossas economias e para a sociedade em geral”.

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