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Lojas online europeias perdem terreno para concorrentes norte-americanos e chineses

Foto Shutterstock

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Em 2023, o comércio online internacional total na Europa representou 237 mil milhões de euros em vendas (excluindo viagens e serviços), um aumento de 32% face a 2022. As lojas online europeias representaram 107 mil milhões de euros em vendas, de acordo com um novo relatório da Cross-Border Commerce Europe, a plataforma que promove o comércio eletrónico transfronteiriço em toda a Europa.

A investigação identifica os 500 principais intervenientes europeus no comércio eletrónico, com especial incidência no seu desempenho transfronteiras. Com vendas transfronteiriças de 5,2 mil milhões de euros, a Ikea continua a ser a líder, seguida da Zalando, H&M, Lego e Zara. No entanto, o top 500 viu as vendas caírem 18%, para 50 mil milhões de euros, em 2023.

Este declínio deve-se a um ambiente macroeconómico instável, a desafios logísticos e a uma concorrência feroz. Os intervenientes europeus estão a perder terreno para os concorrentes dos Estados Unidos e da China, incluindo marketplaces e aplicações de redes sociais.

 

Concorrência agressiva

Os marketplaces chineses, em particular, sabem como contornar os concorrentes regionais. A queda dos preços das ações de empresas cotadas, como a Zalando, ASOS, Farfetch, Boohoo e Yoox, ilustra os desafios que enfrentam para concorre com as plataformas asiáticos.

O Brexit teve um grande impacto nos negócios transfronteiriços da Asos e da Farfetch. As vendas transfronteiriças do Reino Unido caíram 1,8% para um mínimo histórico de 27,5 mil milhões, com a Alemanha a ultrapassar como o maior mercado transfronteiriço da Europa.

 

Direto ao consumidor

O relatório destaca ainda uma clara mudança dentro do Top 500, com um aumento de 8% para os canais diretos ao consumidor de marcas como Lego.

Confrontadas com preços agressivos e ofertas de produtos esmagadoras das plataformas de comércio eletrónico chinesas, as empresas europeias devem dar prioridade à qualidade, a prazos de entrega fiáveis, ao envolvimento social e aos serviços locais, aconselha a Cross-Border Commerce Europe.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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