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Portugueses desperdiçam 1,89 milhões de toneladas de comida por ano

28% dos portugueses desperdiçam mais comida no verão

Too Good To Go

A Too Good To Go concluiu que, só em Portugal, é desperdiçado anualmente, e em toda sua cadeia de valor, mais de 1,89 milhões de toneladas de comida. O impacto deste desaproveitamento reflete-se em várias áreas e afeta a sociedade, a economia e o meio ambiente. De acordo com dados de WWF, WHO, BCG, 10% das emissões de gases de efeito de estufa deriva do desperdício alimentar e, desde o dia 2 de agosto, data em que se assinala o Dia da Sobrecarga da Terra, que o planeta se encontra em défice ecológico.

Perante estes factos, em que já são necessárias “1,7 Terras” para satisfazer as necessidades  ao nível de recursos naturais, e as conclusões do estudo da Too Good To Go (levado a cabo pela Appinio junto de uma amostra representativa de mil pessoas no mercado nacional, em junho) que revela que 28% dos portugueses desperdiça mais comida no verão e que, para 32%, é mais difícil, nesta época, controlar os alimentos desperdiçados, são necessárias medidas. De acordo com a iniciativa #MoveTheDate do Dia da Sobrecarga da Terra, reduzir para metade o desperdício alimentar pode contribuir para atrasar em 13 dias a data em que se divulga o Dia da Sobrecarga da Terra.

 

Fruta, verduras, produtos lácteos e carnes lideram

Inferiu-se, no estudo, que os alimentos que os portugueses mais desperdiçam, nesta altura, e que contribuem para os 1,89 milhões de toneladas de comida desperdiçada por ano, são a fruta com 46%, as verduras com 37%, os produtos lácteos com 22% e a carne com 12%.

48% pensa que é mais difícil controlar o desperdício porque o calor estraga mais facilmente a comida; 28% afirma que, também por causa do calor, a fome é menor e que, por isso, ingere menos alimentos; e18% assume que o facto de fazer mais refeições fora de casa proporciona que os alimentos comprados se estraguem.

 

Desperdício comida incomoda 61%

Além do desperdício económico e de recursos naturais, o desaproveitamento alimentar é sinónimo de um impacto negativo no ambiente. Durante o processo de decomposição dos alimentos descartados, são geradas emissões de gases com efeito de estufa, como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), gases que contribuem para o aquecimento global.

A nível social, destaca-se o volume de alimentos por ano, cerca de 2,5 mil milhões de toneladas, enquanto a fome atinge cerca de 828 milhões de pessoas. Em termos económicos, o desperdício alimentar custa cerca 1,2 mil milhões de euros por ano.

No entanto, tem havido um crescente desenvolvimento na consciencialização acerca destes temas, que resulta na adoção de práticas e comportamentos que combatam estas problemáticas. A tomada de consciência do impacto do desperdício alimentar, na sociedade, reflete-se num maior cuidado para não se gastar demasiados recursos. No estudo realizado, verificou-se que 61% dos portugueses fica incomodado e angustiado quando desperdiça comida e 66% revela-se ciente dos alimentos que se desperdiçam em casa. Na verdade, “sete em cada 10 portugueses confessa fazer tudo o que lhes é possível para que não desperdicem alimentos”.

 

Mais de 50% dos portugueses pede para embalar comida que sobra

Por isso, mais de 50% dos portugueses afirma que pede para embalar a comida que sobrou quando vão jantar fora. Destes, apenas 13% considera ficar com vergonha de fazer este pedido.

Já quando estão hospedados a esmagadora maioria (93%) declara servir, no buffet, pouca quantidade de comida de cada vez, de forma a evitar sobras.

Para Mariana Banazol, diretora de Marketing da Too Good To Go para Portugal e Espanha, “a solução para ajudar a combater este problema passa, antes de mais, por relembrar a necessidade da constante educação e consciencialização do consumidor sobre este problema. Continua a ser essencial uma consciencialização através de campanhas nas escolas, nos meios de comunicação e nas comunidades, de forma a informar sobre os impactos negativos do desperdício e incentivando práticas de consumo responsável e consciente. E é crucial que o consumidor adote uma abordagem mais consciente e sustentável em relação à produção, distribuição e consumo dos alimentos. Contudo, e nos últimos anos, temos vindo a constatar – o que nos deixa muito felizes – que os portugueses fazem um esforço adicional para evitar o desperdício”.

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