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Custos anuais das alterações climáticas fixados em 35 biliões de euros

Foto Shutterstock

Um estudo do Instituto de Investigação do Impacto Climático de Potsdam (PIK) estimou que a economia global enfrenta cerca de 38 biliões de dólares (35,61 biliões de euros) em prejuízos por ano devido aos efeitos das alterações climáticas, o que equivale a uma redução anual significativa do rendimento de 19%.

Mesmo que as emissões de CO2 sejam drasticamente reduzidas a partir de hoje, prevê-se que estes custos económicos persistam até, pelo menos, 2050, concluiu o estudo publicado na revista Nature.

O estudo observa também que os países menos responsáveis pelas alterações climáticas sofrerão perdas de rendimento 60% superiores às dos países de rendimento mais elevado e 40% superiores às dos países com maiores emissões.

“Fortes reduções de renda são projetadas para a maioria das regiões, incluindo a América do Norte e a Europa, com o sul da Ásia e África a serem as mais fortemente afetadas”, comenta o cientista e coautor do estudo, Maximilian Kotz. “Estas são causadas pelo impacto das alterações climáticas em vários aspetos relevantes para o crescimento económico, como os rendimentos agrícolas, a produtividade do trabalho ou as infraestruturas”.

 

Danos globais

O estudo sugere que, até 2050, os danos anuais globais atribuíveis às alterações climáticas poderão variar entre 19 biliões de dólares (17,8 biliões de euros) e 59 biliões de dólares (55,3 biliões de euros). Essa variação é influenciada por fatores como a eficácia dos esforços de mitigação e mudanças nos padrões de chuva e variabilidade de temperatura.

Para compilar seu relatório, o PIK utilizou dados empíricos recolhidos de mais de 1.600 regiões em todo o mundo nas últimas quatro décadas. Estes dados foram analisados para avaliar os potenciais impactos futuros das alterações climáticas no crescimento económico.

“A nossa análise mostra que as mudanças climáticas causarão enormes danos económicos nos próximos 25 anos em quase todos os países ao redor do mundo, também em países altamente desenvolvidos, como Alemanha, França e Estados Unidos”, acrescenta Leonie Wenz, cientista do PIK, que liderou o estudo. “Estes danos a curto prazo são resultado das nossas emissões passadas. Precisaremos de mais esforços de adaptação se quisermos evitar, pelo menos, alguns deles. E temos de reduzir drástica e imediatamente as nossas emissões caso contrário, as perdas económicas tornar-se-ão ainda maiores na segunda metade do século”.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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