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Itália proíbe a produção e venda de alimentos cultivados em laboratório

O governo de Itália aprovou um projeto de lei que proíbe a produção e venda de alimentos e rações para animais cultivados em laboratório.

Segundo o ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, o objetivo da medida é “assegurar o mais alto nível de proteção da saúde dos cidadãos“, bem como “preservar o património agro-alimentar” de Itália. O ministro acrescenta que o governo italiano “quer proteger a nossa cultura e tradição, incluindo a gastronomia e o vinho. Se os alimentos sintéticos fossem introduzidos no mercado, haveria mais desemprego, mais riscos para a biodiversidade e produtos que, na nossa opinião, não garantiriam o bem-estar“.

De acordo com a medida, a produção de alimentos ou rações a partir de culturas celulares ou tecidos derivados de animais vertebrados é proibida, aplicando-se o regulamento também aos frutos do mar e produtos lácteos, diz a ESM.

Em caso de violação, o produto será confiscado e o operador está sujeito a uma multa que varia entre 10 mil euros e um máximo igual a 10% do seu mais recente volume de negócios do ano inteiro. Quem violar a lei perderá também o direito ao financiamento público por um período máximo de três anos, enquanto que as fábricas em que ocorram violações podem ser encerradas.

A proposta vai agora ao parlamento italiano para aprovação final.

 

Salvaguardar a produção interna

O grupo de lobby agrícola Coldiretti argumenta que a proibição é necessária para salvaguardar a produção interna “dos ataques das empresas multinacionais“, sublinhando que poupará 580 mil milhões de euros da cadeia nacional de abastecimento alimentar.

De acordo com um inquérito da revista alimentar italiana Italia a Tavola, 84% dos italianos é contra os alimentos produzidos em laboratório.

Contudo, a proposta opôs-se a organizações e grupos de defesa dos direitos dos animais, que veem a carne produzida em laboratório como uma solução para questões que incluem a proteção do ambiente contra as emissões de carbono e a segurança alimentar.

Desde que chegou ao poder, em outubro passado, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, tem tomado medidas para proteger a indústria alimentar italiana. Foi já introduzida uma série de decretos, um dos quais prevê a proibição do uso de farinha derivada de insetos, como grilos e gafanhotos, em pizzas ou massas.

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