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A Grande Distribuição: Inovação e Dinamismo

Por Carlota Silva, Senior Consultant da Hays Portugal

2019 tem sido um ano marcado pela abertura de negócios na área de grande distribuição e, consequentemente, pela necessidade do aumento da visão estratégica na área em Portugal. A par das aberturas existentes em Portugal e da entrada de novos players no mercado nacional, estão também a acontecer grandes reestruturações realizadas por determinadas marcas devido à necessidade de inovação, não só numa ótica de mudança visual das mesmas, como também de atração de talento e retenção dos seus colaboradores.

A grande distribuição vive, neste momento, a necessidade de mudança de mindset sobretudo devido à quantidade emergente de oferta que existe no mercado, a nível nacional. Consequência destas alterações, notou-se nos meses de junho, julho e agosto uma franca necessidade de reforço, sobretudo em funções de middle management – Chefes de Secção, Chefes de Departamento – em contexto operacional, relacionada com a necessidade de garantir a experiência positiva do consumidor em loja. Mais, para além de uma oferta híbrida em termos de grande distribuição, o consumidor vive também um momento muito ligado a práticas de sustentabilidade e está igualmente disposto a dispensar um maior nível financeiro em bens tanto pela qualidade do produto, como pelo serviço apresentado pelos seus funcionários.

Anexado a estes paradigmas, verifica-se a necessidade de reter quadros especializados em áreas mais críticas, bem como profissionais com competências comerciais bem desenvolvidas, que consigam fazer face às necessidades do consumidor.

Em termos de recrutamento, denota-se uma preocupação emergente em recrutar profissionais com soft skills bem desenvolvidas para o auxílio numa maior gestão e retenção das suas equipas operacionais, que muitas vezes enfrentam nas suas estruturas realidades financeiras difíceis, dinâmicas de trabalho exigentes e a falta de políticas de progressão. Assim, estes profissionais são atualmente recrutados e/ou formados para que consigam sobretudo mitigar a cristalização que poderá existir em quadros mais antigos das estruturas. Outra das tendências do mercado passa por recrutar profissionais com uma visão analítica e estratégica bem desenvolvida para trabalhar a performance de cada uma das marcas e, consequentemente, das suas equipas, em termos de perfis de direção – diretor de loja, responsáveis de unidade.

Deste modo, a grande D+distribuição vive, nos últimos meses, uma mudança de paradigma em termos de atração de talento, estando também a colocar em prática novas políticas internas de retenção de profissionais, proporcionando maiores oportunidades internas e de carreira a profissionais que, muitas vezes, não apresentam formação académica superior, mas que possuem um conhecimento tácito e essencial para o desenvolvimento de projetos nestas áreas.

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