in

37% das empresas nacionais preveem aumentar as suas equipas

Empregadores da Região Sul são os mais otimistas

empresas nacionais

Para o terceiro trimestre de 2024, 37% das empresas nacionais preveem aumentar as suas equipas, enquanto 41% esperam manter o seu atual número de colaboradores e 19% que pretendem reduzir. Estes são dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey que revelam, assim, uma projeção para a criação líquida de emprego de +18% para o período de julho a setembro, um valor já ajustado sazonalmente e que traduz uma subida de 7 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas ainda uma redução de 9 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023.

Estes valores colocam Portugal 4 pontos percentuais abaixo da média global, mas com o mesmo valor da média da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África). O país é, contudo, o segundo a nível mundial que mais recupera nas intenções de contratação entre trimestres, a par da Itália, e apenas ultrapassado pelo Brasil, que registou uma subida de 9 pontos percentuais.

Já na evolução face ao período homólogo de 2023, o abrandamento nas intenções de contratação ainda é evidente, com Portugal a cair 9 pontos percentuais, mais 3 pontos do que a redução observada a nível global, que é de 6 pontos percentuais.

Os dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, para o próximo trimestre, mostram-nos que a atual incerteza económica e política global continua a ser motivo de preocupação para os empregadores, o que se reflete num sentimento de contratação mais cauteloso do que há um ano atras”, explica Rui Teixeira, Country Manager do ManpowerGroup Portugal. “Não obstante, a maior estabilidade política a nível nacional, com a formação de um novo governo, e alguns indicadores ténues de uma possível recuperação económica, com sinais positivos no crescimento do PIB de países chave para as nossas exportações, como sejam a Alemanha ou a Espanha, bem como o abrandamento na inflação e a expectativa – agora confirmada – de redução nas taxas de juro do BCE, trazem algum oxigénio à nossa economia, motivando assim uma recuperação nas intenções de contratação face ao trimestre passado. Este sentimento é ainda reforçado pela necessidade de responder ao pico sazonal que acompanha o Verão e que se traduz num aumento da procura de talento durante estes meses.

 

Sectores com as previsões de contratação mais otimistas

É o sector dos Transportes, Logística e Automóvel o que apresenta as intenções de contratação mais sólidas, com uma projeção para a criação líquida de emprego de +25%. Esta projeção representa uma subida acentuada de 32 pontos percentuais face ao trimestre anterior, alinhada com o comportamento global e com uma gradual estabilização nas cadeias de abastecimento. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, este valor traduz ainda uma subida ligeira de 2 pontos percentuais.

Segue-se o sector dos Bens e Serviços de Consumo, com uma projeção forte de +24%. Este valor revela uma subida moderada de 8 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas uma descida de 6 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2023.

Os empregadores dos sectores da Indústria Pesada e Materiais, Saúde e Ciências da Vida e Energia e Utilities revelam também intenções de contratação otimistas, com uma projeção de +22%. Este valor representa uma subida considerável nas previsões de contratação dos três sectores em relação ao trimestre passado, de 12, 19 e 12 pontos percentuais, respetivamente. Na comparação com o período homólogo de 2023, o sector da Indústria Pesada e Materiais revela uma estabilização das intenções de contratação, diminuindo apenas 1 ponto percentual, ao passo que o sector da Saúde e Ciências da Vida regista uma subida considerável de 16 pontos percentuais. Já o secor da Energia e Utilities revela uma diminuição considerável de 15 pontos percentuais.

Seguidamente, o sector das Finanças e Imobiliário avança com uma projeção positiva de +18%, apresentando uma subida considerável de 12 pontos percentuais face ao trimestre passado, mas uma descida ligeira de 3 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023.

Com projeções menos otimistas, mas ainda favoráveis, encontram-se os sectores das Tecnologias de Informação e dos Serviços de Comunicação, que se fixam nos +17% e nos +16%, respetivamente. Estes valores revelam as duas maiores quedas da projeção face ao trimestre passado, com o primeiro a descer 5 pontos percentuais, registando o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2022, e o segundo a cair 22 pontos percentuais.

 

Empregadores da Região Sul são os mais otimistas

Com a projeção para a criação líquida de emprego mais otimista em Portugal, a Região Sul fixa-se nos +23%, resultado da entrada na época alta do turismo, que exige um reforço das equipas nesta região. Estas intenções revelam um aumento considerável de 9 pontos percentuais em relação ao trimestre passado, mas uma descida ligeira de 3 pontos percentuais face ao período homólogo do ano passado.

Segue-se o Grande Porto, com uma projeção de +22%, valor que revela um crescimento considerável de 13 pontos percentuais face ao segundo trimestre de 2024, fenómeno que pode ser explicado pela recuperação nos sectores de Indústria Pesada e Materiais e de Bens e Serviços de Consumo.

Com intenções de contratação mais estáveis, a Região Norte e a Grande Lisboa estabelecem-se nos +19% e +17%, respetivamente, a primeira com um crescimento de 4 pontos percentuais, face ao trimestre passado, e a segunda de 5 pontos percentuais. Ainda assim, face ao terceiro trimestre de 2023, enquanto a Região Norte revela uma subida ligeira de 3 pontos percentuais, a Grande Lisboa regista uma descida considerável de 12 pontos percentuais.

Com intenções positivas, mas mais cautelosas, a Região Centro continua em abrandamento, com uma projeção de +6%. Este valor vem revelar uma estabilização face ao trimestre passado, descendo apenas 1 ponto percentual, mas traduz-se numa diminuição acentuada de 25 pontos percentuais face ao mesmo período de 2023.

 

Microempresas apresentam a maior evolução

Com uma previsão robusta, as Grandes Empresas de mais de 5000 trabalhadores, são as mais otimistas, com uma projeção de +35%. Este valor revela uma subida considerável de 11 pontos percentuais, face ao segundo trimestre de 2024, e uma estabilização, quando comparamos com o mesmo trimestre de 2023. Seguem-se as Grandes Empresas até 1000 trabalhadores, com uma previsão a fixar-se nos +28%, valor que cresce de forma acentuada, em 21 pontos percentuais, em relação ao trimestre passado.

As Microempresas avançam igualmente com intenções otimistas, com uma projeção forte de +26%, revelando a maior evolução, ao crescer 24 pontos percentuais entre trimestres e 8 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023. As Pequenas Empresas fixam-se numa projeção de +24%, registando um crescimento de 11 pontos percentuais, entre trimestres, e de 5 pontos percentuais se comparado com o mesmo período do ano passado.

Já as Médias Empresas apresentam intenções de contratação mais modestas, com +7%, evoluindo negativamente 4 pontos percentuais face ao trimestre passado e 31 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023. Por fim, as Grandes Empresas entre 1000 e 5000 trabalhadores são as únicas que avançam com intenções de contratação negativas, com um valor de -7%. Estas últimas são as que apresentam a maior descida, não só entre trimestres, com menos 31 pontos percentuais, mas também quando comparado com o mesmo período de ano passado, revelando uma descida de 32 pontos percentuais.

 

Intenções de contratação a nível global estabilizam

A projeção para a criação líquida de emprego a nível global revela uma estabilização entre trimestres, fixando-se nos +22%, exatamente o mesmo valor do trimestre passado. Contudo, este valor revela uma descida moderada de 6 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023.

Todos os 42 países e territórios inquiridos revelam intenções de contratação positivas, mas 12 revelam um abrandamento face ao trimestre anterior. Além disso, apenas 9 crescem quando comparadas ao mesmo período do ano passado.

A nível mundial, é a Costa Rica que avança com a projeção mais otimista, de +35%, seguida da Suíça, com +34%. Inversamente, é na Roménia e na Argentina que a projeção é mais reservada, ambas com 3%, seguidas de Israel, com 4%. Embora abaixo da média global, Portugal é, ainda assim, o país que mais recupera nas intenções de contratação entre trimestres, a par da Itália, e apenas ultrapassado pelo Brasil.

Na Região EMEA, onde se situa Portugal, a projeção é de +18%, situando-se 2 pontos percentuais acima da registada no último trimestre. À semelhança do registado nos últimos trimestres, a região continua a apresentar as intenções de contratação mais baixas entre as quatro analisadas a nível global, que incluem a América do Norte (+27%), a Ásia Pacífico (+23%) e a América Central e do Sul (+22%).

Siga-nos no:

Google News logo

Portocargo centro logístico

Portocargo abre centro logístico e entreposto aduaneiro em Benavente

Starbucks nova loja

Porto recebe mais uma loja Starbucks