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3.º trimestre penaliza vendas do Grupo Dia

Não foi um bom terceiro trimestre para o Grupo Dia, que viu as suas vendas caírem nos vários mercados, incluindo Portugal. As boas notícias vêm do negócio de e-commerce.

No comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola, o grupo informa sobre uma contração de 5,2% das vendas líquidas em Espanha e Portugal e de 2,1% nos mercados emergentes durante o terceiro trimestre.

No conjunto dos primeiros nove meses, as vendas brutas sob insígnia alcançaram os 7.734 milhões de euros, mais 1,5% que no período homólogo de 2016. Em moeda local, o crescimento foi de 1,4%.

Em Portugal, as vendas aumentaram 0,8% para os 640,5 milhões de euros. Em Espanha, contudo, as vendas caíram 4%, para os 4.288 milhões de euros, uma descida que o grupo atribui à remodelação e ajuste do parque de lojas e aos encerramentos temporários iniciado em março. Entre janeiro e março, o grupo remodelou em Espanha 500 estabelecimentos Dia Market, Dia Maxi e La Plaza de Dia, num investimento de cerca de 75 milhões de euros. “Na Península Ibérica, acelerámos o processo de remodelação de lojas, pondo à disposição dos nossos clientes uma experiência de compra melhorada, além de novos serviços. Tudo isto, juntamente com um investimento significativo nos preços, sustenta o nosso compromisso de voltar a registar vendas comparáveis positivas no quarto trimestre, algo que já estamos a alcançar nas primeiras três semanas de outubro”, defende Ricardo Currás, CEO do Grupo Dia.

No mercado ibérico, o total das remodelações ascende a 562 lojas (62 em Portugal) e, no final do ano, espera-se que supere as 600. Será o maior plano de remodelações levado a cabo pela empresa em toda a sua história.

Na Argentina e no Brasil, as vendas brutas cresceram 11,2% para os 2.806 milhões de euros entre janeiro e setembro. “Na América Latina, continuamos a alcançar bons níveis de satisfação entre os clientes, cumprindo a nossa promessa de crescimento rentável, apesar da desaceleração das vendas devido à menor inflação”, acrescenta.

O gestor considera a inflação em todos os mercados onde o grupo opera, juntamente com as mudanças significativas no ambiente concorrencial em Espanha nos últimos meses, como os principais fatores que travaram a evolução das vendas no terceiro trimestre.

O EBITDA ajustado situou-se nos 431,6 milhões de euros (-0,4%), estabilizando face aos primeiros nove meses do ano anterior. Em setembro, a dívida ascendia a 1.141 milhões de euros, 80 milhões de euros abaixo de 2016. Por seu turno, o lucro líquido ajustado aumentou 1% em euros e 0,4% em moeda local, para os 166,7 milhões de euros. O terceiro trimestre foi também penalizador, com uma descida de 4,2%.

As boas notícias vêm do canal online, onde as vendas em Espanha ascenderam a 40,2 milhões de euros entre janeiro e setembro, multiplicando por 2,9 vezes o registado no mesmo período do ano passado.

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