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Vendas da Jerónimo Martins crescem 11,1% nos primeiros 9 meses

As vendas do Grupo Jerónimo Martins atingiram os 11,9 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2017, 11,1% acima do mesmo período do ano anterior. A taxas de câmbio constantes, o crescimento foi de 9,3%.

Numa base comparável, o crescimento das vendas do grupo foi de 6,6%, impulsionado pelos fortes desempenhos da Biedronka e Recheio e pela resiliência do Pingo Doce. “Concluídos nove meses de um ano exigente e desafiante, e em resultado da priorização absoluta das vendas, todas as nossas insígnias reforçaram as suas quotas de mercado, com destaque para o forte desempenho da Biedronka. A gestão rigorosa do sortido permanente em conjugação com a dinâmica promocional e de ofertas temporárias permitiu à nossa cadeia reforçar a sua liderança do retalho alimentar na Polónia. Em Portugal, e mesmo sofrendo o impacto da deflação registada na categoria de frutas e legumes, o Pingo Doce manteve a robustez da sua posição de mercado. O terceiro trimestre foi também positivo para o Recheio, que soube capturar as oportunidades e vantagens de um canal Horeca revitalizado”, comenta Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado do grupo.

Na Polónia, enquanto o ambiente de consumo se manteve favorável, a envolvente continuou marcada por uma forte intensidade concorrencial e promocional. A inflação alimentar no terceiro trimestre foi ligeiramente acima de 4,5% (3,8% no conjunto dos nove meses). De acordo com o grupo, a Biedronka manteve a sua estratégia de enfoque nas vendas, utilizando as promoções, a publicidade e o cartão de fidelidade como instrumentos para o crescimento das vendas comparáveis que, no terceiro trimestre, atingiu 8,9%. As vendas totais cresceram 12,6% (10,5% em moeda local), atingindo 2,8 mil milhões de euros. Entre janeiro e setembro, o crescimento like for like foi de 9%, levando as vendas totais a aumentar 13,1% (10,7% em moeda local), para os 8,1 mil milhões de euros. A insígnia abriu 46 lojas (31 adições líquidas) nos três trimestres e remodelou um total de 150 localizações.

No mesmo período, a Hebe registou vendas de 115 milhões de euros, 36% acima do ano anterior (33,1% a taxa de câmbio constante), tendo aberto 14 lojas. No final de setembro, a rede contava com um total de 166 localizações.

Em Portugal, o sector de retalho alimentar manteve-se competitivo, enquanto a deflação registada em categorias-chave originou “novos desafios”, levando a inflação alimentar no terceiro trimestre a reduzir-se para 0,6% (1,4% entre janeiro e setembro). No terceiro trimestre, o Pingo Doce enfrentou “a mais difícil comparação com o desempenho do ano anterior o que, com a deflação alimentar registada no seu cabaz, levou o like for like (excluindo o combustível) a atingir -0,9%”. As vendas totais, no trimestre, cresceram 1,3%, reforçando a quota de mercado. Nos nove meses, as vendas totais cresceram 2,4% para 2,7 mil milhões de euros, com o like for like, excluindo o combustível, a subir 0,3%. Até ao final de setembro, o Pingo Doce remodelou 19 lojas e inaugurou sete novas localizações.

O Recheio continuou a investir para manter a boa dinâmica de vendas no contexto favorável proporcionado pela atividade turística. O crescimento das vendas comparáveis foi de 6% (4,9% no terceiro trimestre), impulsionando as vendas totais nos nove meses para os 713 milhões de euros, mais 7,6% do que no mesmo período do ano anterior.

Na Colômbia, a inflação alimentar manteve-se baixa ao longo dos nove meses, abrandando um pouco mais no terceiro trimestre para 1,4% (2,7% nos nove meses). Embora negativo, o índice de confiança dos consumidores tem vindo a melhorar desde abril. A Ara atingiu vendas de 289 milhões de euros, 77,8% acima do ano anterior (71,4% a taxa de câmbio constante). Nos nove meses, a insígnia abriu 92 lojas, operando, no fim de setembro, uma rede de 312 localizações. “Na Colômbia, a Ara prosseguiu o ajustamento do seu modelo e está a concretizar o ambicioso plano de expansão, com um foco particular nas oportunidades e desafios da região de Bogotá. Depois de três trimestres de desempenho sólido, reafirmo a confiança na capacidade dos nossos negócios entregarem um ano positivo, assim como o nosso compromisso com uma estratégia de crescimento que conjuga medidas necessárias ao reforço das lideranças de mercado no curto prazo com investimentos em ativos fixos e margem que garantam a solidez dos negócios no médio-longo prazo”, conclui Pedro Soares dos Santos.

O EBITDA do grupo foi de 669 milhões de euros nos nove meses, um crescimento de 6,7% relativamente ao ano anterior (5,1% a taxas de câmbio constantes). O EBITDA dos negócios estabelecidos (excluindo a Ara e a Hebe) aumentou 9,7%.

O investimento totalizou 422 milhões de euros, dos quais cerca de 40% alocados à Biedronka e cerca de 27% à Ara. Os items não-recorrentes foram de menos 11 milhões de euros nos nove meses, incluindo, entre outros, o encerramento de um armazém em Portugal, no âmbito do programa de redimensionamento logístico.

O resultado líquido atingiu 285 milhões de euros, 7,1%1 acima dos primeiros nove meses de 2016, com o maior investimento na Colômbia a ser mais do que compensado pelo desempenho dos negócios estabelecidos.

No quarto trimestre, o grupo reitera que continuará focado nas vendas e no reforço das posições de mercado em todos os países onde opera. “Para a Biedronka, que enfrentará a comparação homóloga mais difícil do ano, os últimos três meses serão dedicados à dinamização das vendas e à conclusão do programa de investimento, incluindo a abertura de um centro de distribuição, de cerca de 70 novas lojas e a remodelação de cerca de 70 unidades. Espera-se que o contexto na Polónia se mantenha desafiante, com uma forte intensidade concorrencial e elevada pressão sobre os custos, particularmente os relacionados com o trabalho. Isto não impede a Biedronka de estar confiante de que manterá a sua margem EBITDA relativamente estável no ano, apostando nas vendas como principal motor da rentabilidade”. Também o Pingo Doce e o Recheio manterão as vendas como sua primeira prioridade. No Pingo Doce, o processo de revisão e ajustamento dos pacotes remuneratórios que se encontra em curso exercerá, já no quarto trimestre, uma pressão adicional sobre a margem EBITDA que se espera venha a ser parcialmente compensada pelo desempenho da companhia. Na Colômbia, o último trimestre do ano somará cerca de 60 lojas à cadeia Ara, que avança com a construção da sua infraestrutura logística e com um programa de recrutamento e formação para suportar o esforço de expansão.

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