A Primark, cadeia têxtil pertencente ao grupo Associated British Foods (AB Foods), aumentou a sua receita em 32%, nas primeiras 16 semanas do seu ano fiscal, que começou em outubro, para um total de 3.208 milhões de euros.
As vendas da multinacional continuam, no entanto, 5% abaixo do nível registado no mesmo período de 2019, antes da pandemia, alargando o fosso para 11% se contabilizadas numa base comparáveis, excluindo o impacto da taxa de câmbio e variações no perímetro contabilístico da empresa.
Mercados
Nas lojas do Reino Unido, as vendas foram muito mais elevadas do que no início de 2021, mas mantiveram-se 10% abaixo do nível de há dois anos, afetadas pela diminuição do tráfego em resultado do rápido aumento dos casos da variante Ómicron.
No caso da Europa continental, as vendas também foram muito mais altas do que no ano passado, mas em números comparáveis ficaram 14% abaixo de há dois anos, também pelo menor afluxo às lojas causado pela disseminação da nova variante de Covid-19.
O negócio nos Estados Unidos da América, por sua vez, teve um bom desempenho e gerou um crescimento das vendas comparáveis de 4% e 37% em termos absolutos.
Margem
Por outro lado, a cadeia indica que a margem de lucro operacional, no período analisado, ficou acima das expectativas e está confiante de que ultrapassará os 10%, no primeiro semestre do seu exercício.
A este propósito, a Primark destaca a recuperação do volume de vendas face ao mesmo período do ano passado e que o efeito da pressão inflacionista sobre as matérias-primas e a cadeia de abastecimento foi “muito atenuado” por uma taxa de câmbio favorável do dólar e pela redução dos custos operacionais e gerais das lojas. “As pressões relacionadas com a perturbação da cadeia de abastecimento, que sofremos no outono, diminuíram, embora ainda soframos alguns atrasos nas transferências nos portos de origem e esperamos que continuem por algum tempo“, indica a empresa.