O Porto Beer Fest 2024, evento de cerveja artesanal em Portugal, regressou aos jardins do Museu Nacional de Soares dos Reis, entre 12 a 16 de junho, e proporcionou uma experiência única para consumidores apaixonados (52%), visitantes curiosos (34,7), profissionais da área (4,7%) e empreendedores (3,4%), de acordo com o estudo realizado pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresarias e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC).
Com a presença de 50 cervejeiros e a oferta de 400 tipos de cerveja, o evento não se limitou apenas à cerveja. Outras bebidas, como kombucha, sidras, vinhos e hidromel, também estiveram disponíveis.
Os motivos para participar no Porto Beer Fest foram variados e vão além da degustação de cerveja e incluem capacitação, networking e muita diversão. Em concreto, degustação de cerveja (4,2 em 5), entretenimento e socialização (4,2), apoio aos cervejeiros locais (4,1), sugestão de amigos (4,1) e curiosidade (4) foram alguns dos fatores mais valorizados pelos visitantes.
Para 60,3% dos inquiridos, esta foi a primeira experiência no Porto Beer Fest, enquanto outros já são visitantes mais frequentes (39,7%), tendo participado em média em 2,5 edições anteriores. O equilíbrio entre visitantes novos e assíduos é fundamental para uma boa dinâmica e crescimento contínuo do Porto Beer Festival.
Os resultados do estudo do ISAG-EBS e do CICET-FCVC indicam um elevado nível médio de satisfação global (87,3% afirmou estar satisfeito ou muito satisfeito) entre os participantes do Porto Beer Fest. Dentro da avaliação das infraestruturas, realça-se local do festival (85,6%), organização (83%) e o staff (81,6%). Nas atividades, as degustações de cerveja (82,5%) e o envolvimento com a atmosfera do festival (88%) foram também avaliados positivamente.
Além disso, os participantes expressaram a intenção de recomendar o festival (85% a concordar ou a concordar totalmente) e voltar na próxima edição (83,7%).
Impacto económico de 23,4 milhões de euros
No global, o impacto económico foi de 23,4 milhões de euros, com base em gastos realizados no recinto e na cidade do Porto. Os inquiridos indicaram que gastaram dentro do espaço, em cerveja e em alimentação, em média, 55,5 euros por dia. Os respondentes que se deslocaram para o festival a partir do estrangeiro e de fora da Área Metropolitana do Porto (AMP), em média, ficaram 4,8 noites no Porto e preferiram o alojamento local (31,6%) e o hotel (24,1%), sobretudo os de 4 e 5 estrelas (71,9%).
Durante a estadia na cidade, os visitantes gastaram em média 491,04 euros por dia, onde se inclui alojamento (103,2 euros), restauração (73,96 euros), compras/presentes (97,11 euros), cultura/lazer (39,49 euros), as deslocações até e dentro da cidade do Porto (149,26 euros), entre outras despesas. Os participantes também aproveitaram a oportunidade para conhecer ou revisitar a cidade do Porto, contribuindo para o turismo local, ao explorar as atrações culturais e históricas, nomeadamente visita ao centro histórico do Porto (50,6%), aos monumentos/museus (30,9%) e às caves do Vinho do Porto (25,3%), tal como usufruir da animação noturna (27,0%) e participar em atividades gastronómicas e degustação de vinhos (24,7%), entre outras.
36,7% de público internacional
Em 2023, o Porto Beer Fest foi eleito pelo público e pelo júri dos prémios Iberian Festival Awards como um dos 10 melhores festivais não musicais da Península Ibérica. Para além disso, foi também distinguido como um dos cinco maiores festivais europeus de cervejaria artesanal. Assim, se justifica a presença no evento de uma diversidade de público de nacionalidade estrangeira (36,7%), com destaque para brasileira (34,4%), russa (9,6%), francesa (6,9%), americana (5,8%) e inglesa (5,2%).
O público do Porto Beer Fest exibiu um média de idade de 33 anos e foi diverso em termos de género (51,5% homens e 45,8% mulheres), de estado civil (56,5% solteiros e 39,7% casados), de grau de escolaridade (45,5% com licenciatura e 41% com mestrado e doutoramento) e de condições perante o trabalho (59,9% a trabalhar por conta de outrem e 18,4% por conta própria), com uma predominância de residentes da AMP, mas também com significativa participação de visitantes de outras regiões do país, como Lisboa (23,4%), Vila Real (22,1%), Braga (14,3%) e Aveiro (13%).