O retalhista chinês JD.com anunciou que vai abandonar a Indonésia e a Tailândia, porque a competição online no sudeste asiático está a tornar-se cada vez mais agressiva. Assim, deixará de aceitar encomendas a partir de 15 de fevereiro e encerrará em março.
No sudeste asiático, a concorrência está a aumentar e “players” como Lazada e TikTok, da ByteDance, viram o seu negócio de retalho online crescer significativamente no último ano. A rival local Shopee, uma aplicação de comércio eletrónico com base em Singapura, também tem grande importância no mercado.
No final de 2022, a JD Indonésia foi forçada a despedir 200 trabalhadores.
A empresa relatou recentemente ganhos de 800 milhões de dólares no terceiro trimestre e teve vendas de 34,2 mil milhões de dólares. Partilhou também que as operações internacionais da empresa e “novos negócios” representavam pouco mais de 2% do total de vendas.
Logística
“A JD.com continuará a servir mercados globais, incluindo o sudeste asiático, através da sua infraestrutura de cadeia de fornecimento“, diz a empresa num e-mail partilhado pela Bloomberg. “Estamos a desenvolver-nos nos mercados internacionais, concentrando-nos na construção de uma rede de cadeia de abastecimento transfronteiriça com logística e armazenamento“.
Ainda assim, a JD.com não vai encerrar todos os seus negócios nestes mercado. Na Indonésia, irá manter a JD Property, uma subsidiária que se concentra no fornecimento de soluções e gestão de parques logísticos. Também irá manter os seus parques logísticos em Jacarta, Cikarang e Karawang, que têm uma área de mais de 400 mil metros quadrados. Além disso, iniciou a construção de dois parques industriais no Vietname para fornecer soluções logísticas e espaço de armazenamento para clientes de várias indústrias.
Estes não são os únicos mercados onde a empresa aposta no negócio da logística. Alguns destes mercados incluem os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Grã-Bretanha, Polónia, Emirados Árabes Unidos e Austrália. Nestes locais, fornece soluções integradas para marcas locais, transfronteiriças e chinesas. Esta área de negócio tem vindo a crescer mais de 70% ao ano.