A fintech Eupago acaba de anunciar que, depois da autorização do banco central, vai ser a primeira instituição de pagamento portuguesa a iniciar operações de open banking no país, nomeadamente os serviços de informação sobre contas (AISP) e o serviço de iniciação de pagamentos (PISP).
A incorporação destes dois novos serviços na plataforma de pagamentos da Eupago, que é das mais modernas do sector em Portugal, vai permitir oferecer aos seus clientes algumas das soluções para os problemas colocados pelos serviços de pagamento. “Foi um processo demorado, que se prolongou durante anos, mas estamos, finalmente, formalizados e autorizados para prestar estes serviços”, esclarece Telmo Santos, CEO da Eupago.
Open banking
Estes dois novos serviços de pagamento, que surgiram com o Decreto Lei n.º 91/2018, que transpõe a segunda diretiva de pagamentos para o enquadramento jurídico português, já ocupam uma posição central da inovação no sector de pagamentos, a nível mundial, no ecossistema do “open banking”, pois permitem a construção de novas funcionalidades nas plataformas de serviços de pagamentos que alavancam os meios de pagamentos tradicionais, no sentido de automatizar um conjunto de procedimentos que são intensivos em recursos humanos e propensos a erros.
Para além dos “use cases” já estabelecidos, como a “agregação de contas” e as aplicações de “personal finance management”, o “open banking” abre potencialidades na exploração de outras utilizações, como a integração dos serviços pagamentos com plataformas de planeamento de recursos empresariais (ERP) e com sistemas de contabilidade, que vão facilitar as transações entre as empresas e os seus clientes, entre as empresas e os seus fornecedores e também a reconciliação entre essas transações, os fluxos financeiros dos pagamentos e as respetivas faturas.
“É com enorme entusiasmo que encorajamos as empresas que tenham soluções inovadoras para automatizar os ‘pain points’ dos seus ‘workflows’ financeiros e de contabilidade para nos contactar, tendo em vista trabalhar em conjunto com a Eupago no desenvolvimento de sistemas ‘customizados’ ou de uso genérico para solucionar os problemas que gravitam em torno da integração dos serviços de pagamentos, financeiros e de contabilidade”, desafia Telmo Santos.