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A inflação e o impacto crescente na indústria da beleza

O impacto da Covid-19, para a grande maioria das empresas, foi dos mais graves de sempre. E agora que tanto pequenas como grandes empresas começam a recompor-se dos efeitos de um vírus global, uma nova crise veio atingir a indústria: a inflação.

Provocando custos crescentes em toda a cadeia de abastecimento, desde os transportes até às matérias-primas, as marcas estão ainda a ser muito penalizadas pelos efeitos a longo prazo da pandemia. Desta forma, têm de rever em alta os preços de venda recomendados, para conseguirem acompanhar a procura crescente. No entanto, como é que a crise atual está a afetar a indústria cosmética?

Esta indústria comporta-se de forma diferente de muitas outras, que se debatem com uma procura decrescente de consumidores preocupados com a inflação. Os consumidores continuam a querer investir na sua aparência e as empresas de beleza têm mostrado um crescimento significativo e ganhos trimestrais de vendas.

Como muitas outras marcas de beleza, durante a pandemia, conseguimos um crescimento significativo nas nossas vendas online, tanto no nosso site como no dos nossos parceiros. Apesar de termos notado um certo regresso aos padrões normais de vendas, temos agora vendas que contrariam alguma tendência inflacionista. Empiricamente, parece-nos que muitos consumidores consideram que investir em dispositivos de beleza reduz o custo mensal dos seus tratamentos habituais. O custo de um dispositivo equivale praticamente a dois tratamentos em clínicas e, com orçamentos familiares mais apertados, substituir estas idas por tratamentos em casa com dispositivos,pode significar uma redução de despesa sem diminuir esses cuidados”, afirma a FOREO em comunicado.

 

“Lipstick index”

Historicamente, a categoria beleza desafia as leis da recessão, mostrando aumentos significativos de vendas devido ao “lipstick index”. O “índice de batom” é um fenómeno que exemplifica a diferença entre a indústria da beleza de outras em tempos de crise, mostrando-se imune aos infortúnios domésticos e globais.

Estudos feitos sobre o fenómeno psicológico, que explica o crescimento de vendas de batons, mostram que é alargado a todos os produtos de beleza. “A persistência de rumores sobre inflação aumentou o desejo das mulheres de comprarem produtos de beleza” em todas as categorias. Os consumidores tendem a gastar menos em produtos eletrónicos ou eletrodomésticos, por exemplo, e a gastar mais em produtos de beleza que melhoram o seu aspeto.

A maioria dos consumidores não consegue viver sem os seus cosméticos habituais, sente-se mal quando não os tem. Além disso, em tempos de recessão económica, as pessoas que procuram emprego tendem a dar mais importância à sua aparência e a mostrar-se confiantes através da estética. No entanto, durante a pandemia de Covid-19, notou-se uma alteração nas linhas de beleza mais desejadas, com cuidados de corpo e de cabelo a liderar e, nestas, um aumento de 6% nas categorias de rosto.

Algumas categorias de beleza são ilhas de otimismo num clima económico sombrio e continuam a provar que conseguem ultrapassar uma crise económica“, afirma em comunicado.

Para alguns, os consumidores consideram que a beleza é uma necessidade, enquanto outros consideram que a indústria da beleza é um luxo. Independentemente de como seja encarada, teve um crescimento significativo nos últimos anos. Além dos cosméticos, a tendência aponta para os cuidados da pele como sendo um investimento financeiramente viável. As empresas de beleza investem nesta categoria, que gerou 136 mil milhões de dólares de receitas em 2021.

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