As empresas de entregas expresso, o chamado Q-Commerce, teriam de quadruplicar as encomendas por loja e duplicar o valor por compra para serem verdadeiramente rentáveis, de acordo com a Bain & Company.
“Para estas empresas, o mais importante é aumentar a penetração do serviço, captar e reter clientes a um ritmo superior ao dos seus concorrentes, uma vez que a escala é fundamental“, diz André Carvalho, partner da consultora.
Desafio da rentabilidade
Estas empresas, que oferecem serviços de entrega ultrarrápidos, principalmente de produtos de supermercado, em 15 minutos ou menos, ainda enfrentam o desafio da rentabilidade porque não atingiram economias de escala. Como tal, salienta a Bain & Company, precisam de fazer investimentos de marketing significativos para adquirir e reter novos clientes nas suas fases de lançamento.
As opções estratégicas destas empresas passam, ainda, por tornarem-se na única empresa sobrevivente ou assumir uma posição hegemónica nas regiões onde operam atualmente, assim como por entrar em geografias que os seus concorrentes ainda não alcançaram e ganhar a vantagem de serem os primeiros ou fundirem-se com outras plataformas de comércio ou de entrega rápida.
Da mesma forma, é possível prestar serviço às lojas tradicionais e expandir para a entrega de produtos de outras categorias, de preferência margem mais elevada e pequena dimensão de pacote, como produtos de farmácia ou cosméticos.