in

Primeiro trimestre com aumento de 33% nas insolvências

Foto Shutterstock

No primeiro trimestre deste ano, foram registadas 1.579 insolvências, mais 33% que em igual período do ano passado, revela a Iberinform, empresa do grupo Crédito y Caución.

Este é o valor mais elevado do primeiro trimestre dos últimos três anos. Apenas em março, foram apuradas 560 insolvências, valor que traduz um substancial aumento de 67% face a 2020, motivado, em grande parte, pelo encerramento dos processos.

Contudo, em março do ano passado Portugal iniciava o seu primeiro confinamento no quadro da pandemia de Covid-19, facto que condiciona a análise comparativa dos dados mensais.

De janeiro a março, foi declarada a insolvência (encerramento) de 900 empresas, mais 223 que em igual período do ano passado (+33%). As declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram 72% no trimestre, atingindo um total de 369 pedidos, enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas subiram de 276, em 2020, para 297 (+7,6%). Os encerramentos com plano de insolvência baixaram de 18 para 13, em 2021 (-28%).

 

Lisboa a Porto lideram

Lisboa e Porto são os distritos com maior número de insolvências, respetivamente 359 e 388 insolvências. Face a 2020, verificou-se um aumento de 52,8% para Lisboa e de 28,5% no Porto.

Contudo, há valores de crescimento mais acentuados, designadamente os registados nos distritos de Vila Real (325%), Guarda (180%), Portalegre (116,7%), Setúbal (97,8%), Coimbra (61,3%), Beja (60%) ou Castelo Branco (60%).

Na Madeira, o aumento no trimestre foi de 36,7%. Nos Açores, Ponta Delgada registou uma subida 62,5% face a 2020, enquanto Angra do Heroísmo teve um decréscimo de 57,1% no comparativo do trimestre.

As insolvências decresceram, ainda, em cinco distritos de Portugal Continental: Bragança (-57,1%), Faro (-23,2%), Évora (-16,7%), Santarém (-13,5%) e Leiria (-9,8%).

 

Todos os sectores com insolvências

Até final de março de 2021, houve aumentos nas insolvências em todos os sectores de atividade, exceto na agricultura, caça e pesca (-6,95%) e na indústria extrativa que se apresentou estável (quatro insolvências em cada ano). Eletricidade, gás, água (200%), telecomunicações (200%), hotelaria e restauração (124,4%), comércio de veículos (74,2%), comércio por grosso (29,8%), outros serviços (28,5%), construção e obras públicas (28,2%), comércio a retalho (23,2%), indústria transformadora (20,5%) e transportes (12,7%) todos registaram mais insolvências

 

Constituições aumentam em março, mas caem no trimestre

As constituições aumentaram em março, passando de 2.490, em 2020, para 3.398 (36,5%). No entanto, no comparativo do primeiro trimestre, verifica-se um decréscimo de 17,8% face ao período homólogo de 2020.

O número de constituições mais significativo verificou-se em Lisboa, com 2.755 novas empresas, seguida pelo Porto, com 1.942. Contudo, os dois distritos registam uma variação negativa face a 2020, de 30,3% al e de 11,2%, respetivamente.

Os aumentos mais significativos nas constituições pertencem aos distritos de Bragança (50,5%), Horta (42,9%), Angra do Heroísmo (12,9%) e Leiria (1,9%). Os decréscimos face ao primeiro trimestre de 2020 registaram-se nos distritos de Vila Real (-31,5%), Faro (-31,1%), Coimbra (-25,9%), Setúbal (-23%), Ponta Delgada (-15,7%), Aveiro (-15,3%), Castelo Branco (-14,3%), Portalegre (-13,3%) e Guarda (-12,8%).

Por atividades, verificou-se um aumento na constituição de novas empresas na indústria extrativa (60%), comércio a retalho (19,8%), agricultura, caça e pesca (+16,4%) e telecomunicações (+8%). Os decréscimos verificaram-se nas atividades de transportes (-63,2%), hotelaria/restauração (-40,7%), eletricidade, gás, água (-38,5%), comércio de veículos (-22,5%), outros serviços (-16,7%), comércio por grosso (-9,8%), indústria transformadora (-8,5%) e no sector da construção e obras públicas (-8,4%).

FPAS

Portugal produziu 302 mil toneladas de carne de porco em 2020

Sesimbra

MercaChefe.pt, DPD e AlémMar formam parceria para levar peixe do mar à mesa dos portugueses