in

Mais de 100 empresas na Europa defendem nova lei europeia de restauração da natureza

Foto Shutterstock

Mais de 100 grandes empresas europeias, incluindo dos sectores agroalimentar, financeiro e energético, estão a manifestar-se a favor da lei sobre a restauração da natureza.

A Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu votará esta legislação a 15 de junho. O projeto de lei sobre a restauração da natureza propõe a adoção de medidas de recuperação em, pelo menos, 20% das zonas terrestres e marítimas da União Europeia até 2030 e a reparação de todos os ecossistemas que necessitam de recuperação até 2050, a fim de permitir a recuperação sustentável e a longo prazo e a resiliência da biodiversidade e da natureza.

 

Mobilização do mundo empresarial

Foi publicada uma primeira declaração de mais de 62 empresas, apelando à adoção urgente de uma lei europeia ambiciosa e vinculativa para a restauração da natureza, defendendo que todos são acionistas da natureza. “Quando a natureza está sob pressão, os nossos sistemas alimentares também estão. O aumento das temperaturas reduzirá a área de cultivo de café em 50%, até 2050, se não intervirmos. A restauração da natureza e a segurança alimentar são interdependentes: dependemos da natureza para produzir as nossas matérias-primas. A aplicação da lei europeia sobre a recuperação da natureza poderá acelerar a transição para a agricultura regenerativa na Europa e gerar benefícios para os agricultores, os seus meios de subsistência e o ambiente, melhorando a saúde dos solos, a biodiversidade e restabelecendo os ciclos da água. A adoção desta lei deve garantir que sejam atribuídos mais fundos aos agricultores para os ajudar a restaurar a natureza como parte do seu trabalho diário”, afirma Bart Vandewaetere, VP ESG Engagement da Nestlé Europa.

O apelo do mundo empresarial surge numa altura em que outra coligação de 48 empresas líderes publicou uma carta aberta alertando que as empresas e as instituições financeiras dependem da natureza e têm um papel vital a desempenhar na sua conservação e restauração. “A necessária intensificação só pode acontecer se for apoiada por políticas e regulamentos ambientais ambiciosos que transformem os nossos sistemas económicos, fiscais e legislativos”.

Estas empresas juntam-se agora a agricultores e cientistas que alertam para as consequências económicas dos eurodeputados não aprovarem a Lei da Restauração da Natureza. Recorde-se que este regulamento seria a primeira legislação europeia a estabelecer metas juridicamente vinculativas para os governos nacionais restaurarem os ecossistemas degradados.

 

Siga-nos no:

Google News logo

Inflação

Inflação desceu para 4% em maio

Intermarché

Novo Intermarché em Cabeceiras de Basto cria 50 postos de trabalho