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Carrefour de volta às compras

Foto Karolis Kavolelis/Shutterstock

De comprável a comprador. Após as negociações falhadas com o grupo canadense Couche-Tard, o Carrefour volta à ofensiva e mostra-se atento a possíveis negócios, descartando, contudo, grandes oportunidades, no momento, no mercado francês.

Numa entrevista à BFM, Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, confirmou que o grupo está atento às oportunidades, mas recusa qualquer especulação em torno de uma possível aquisição do concorrente Casino, de que há tanto tempo se fala. “No ano passado, fizemos aquisições no valor de 800 milhões de euros, que nos permitiram fortalecer-nos. Temos os recursos necessários para levar a cabo as nossas ambições”, sublinhou. “Não vemos quaisquer oportunidades para nos reforçarmos, em França, atualmente. Não existem condições para tal. E não existe qualquer questão quanto ao Casino ou qualquer outra grande aquisição, em França, no atual momento”.

 

Fusão com a Couche-Tard

Alexandre Bompard também revisitou as negociações com a Couche-Tard, que foram bloqueadas pelo governo gaulês logo na sua fase inicial. No seu entender, teria sido irresponsável não analisar cuidadosamente a oferta, mas o grupo nem sequer teve essa oportunidade. “Estávamos apenas na fase inicial de negociações. Houve oposição do governo francês, numa altura em que não havia um projeto concreto em cima da mesa. Não sei que decisão teria sido tomada pelo meu conselho de administração, nem sequer o que os teria aconselhado a fazer”.

Na opinião do CEO do Carrefour, os argumentos apresentados pelo ministro da economia francês, Bruno Le Maire, são questionáveis. “É inconcebível que a soberania alimentar de França dependa apenas de um retalhista. Esse não é um argumento certo. O sector farmacêutico, a defesa, estas são indústrias de soberania. Mas esse não é o caso do retalho”.

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