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A inovação como fator decisivo de competitividade para as PME

Por Nuno Igrejas, SMB Lisbon Sales Director da Ricoh Portugal

Nuno Igrejas, SMB Lisbon Sales Director da Ricoh Portugal

A importância da inovação nas empresas é, e sempre foi, um fator fundamental para o crescimento sustentável de uma organização e para a competitividade do setor onde opera. Independentemente do tamanho da organização em questão, a sua possibilidade de crescimento deve-se, em grande parte, à capacidade de inovar e à velocidade com que cada uma o faz. Este fator é o que tem determinado a esperança de vida de muitas pequenas e médias empresas (PME) em Portugal e na Europa.

Em todos os setores de atividade, as empresas desenvolvem um conjunto de pressupostos sobre a forma como devem funcionar e o que têm de fazer para ter sucesso. No entanto, em comparação com o que se verificava há apenas cinco anos, o mercado, na sua generalidade, mudou imenso. Ao avaliar e reagir erradamente à mudança que ocorre à sua volta, as PME deixam o seu futuro ao acaso. Desta forma, é fundamental que os líderes empresariais compreendam o campo de atuação em rápida transformação e aprendam os novos critérios produtivos para que tenham êxito.

De acordo com um novo estudo europeu, que analisou a forma como os líderes das PME abordam o tema da inovação e a necessidade de evoluírem para sobreviverem a esta nova dinâmica, verificou-se que 59% não estão preparadas para a disrupção digital no seu setor. Na realidade, 34% dos 3300 líderes de PME inquiridos em 23 países (Portugal incluído) apontam que as PME desaparecerão até 2020 se não adotarem uma estratégia de transformação face a estas mudanças.

Os dados da amostra analisada referente a Portugal indicam que 63% das empresas estão focadas em aumentar as receitas e 61% estão empenhadas em tornarem-se mais inovadoras. Esta situação demonstra que as PME portuguesas mostram querer preparar-se para desafiar os “tradicionalismos” do crescimento. No entanto, ainda que 92% reconheçam o impacto da disrupção digital no seu setor, 59% das PME não estão ainda preparadas para tirar partido dos benefícios. Além disso, nos próximos dois anos, um quarto das empresas portuguesas prevê que será incapaz de reagir com a rapidez necessária às mudanças na regulamentação do governo e 21% ao crescimento da automação.

Contudo, 65% dos inquiridos portugueses consideram que é no desenvolvimento de produtos onde poderão ser mais inovadores, sendo o departamento de Recursos Humanos aquele onde metade das empresas está a apostar mais recursos com vista à inovação.

Após analisados todos estes dados, podemos rapidamente concluir que os líderes das PME estão conscientes da mudança que está a decorrer nos mercados e da necessidade que existe em adaptarem-se tecnologicamente. Ainda que o estudo seja apenas uma chamada de atenção, revela as três áreas principais nas quais as PME devem investir em consequência da disrupção tecnológica que se está a implementar:

– Na relação com o cliente, na remodelação e digitalização de processos e na criatividade com base em melhores competências digitais.

As soluções que passam pela implementação de tecnologia têm o objetivo de ajudar a focar a atenção da empresa na construção de relações mais próximas com os clientes, pois muitos acreditam que serão as pessoas que potenciarão a inovação nas empresas. Mais de 70% dos diretores acreditam que a tecnologia melhora a capacidade de inovação já que a utilização de melhores competências digitais nos locais de trabalho permite melhorar processos, ter uma estrutura mais ágil e incrementar a eficiência.

Existe ainda a necessidade de fomentar todo o potencial de colaboradores com talento, utilizando tecnologia para capacitar e desenvolver uma mentalidade criativa, através de espaços seguros para experiências, percebendo, assim, quais as ideias que podem ter sucesso.

Estes são os benefícios ao abordar a inovação sob um novo prisma. Desta forma, é possível identificar a importância da mesma na vida das empresas e o que esta permite alcançar. Naturalmente que serão introduzidos produtos no mercado em metade do tempo, utilizando serviços cloud para acelerar processos ou experimentar novas formas de relacionamento com os clientes e colaboradores.

Por fim, é de realçar que as PME que estão mais abertas à inovação começam agora a nivelar o campo de ação contra os seus rivais, através de inovação tecnológica. Tal como o estudo demonstra, existe já uma forte perceção por parte dos líderes de muitas empresas da necessidade imperativa de acompanhar a disrupção tecnológica que se tem vindo a alterar de forma exponencial.

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