Neste ano, a marca Zeeman deu passos importantes no que toca a salários dignos e melhoria da sustentabilidade dos seus produtos e também começou a vender roupa em segunda mão em várias lojas, poupando 33 mil quilogramas de CO2.
Por exemplo, a Zeeman iniciou programas de salário digno em quatro fábricas no Bangladesh, Índia e Turquia. Nestes países, nem sempre é possível fazer face às despesas com o salário mínimo, pelo que a Zeeman complementa o salário dos colaboradores locais, garantindo que podem satisfazer as suas necessidades básicas.
A empresa também se empenhou em expandir o Acordo do Paquistão, com medidas de longo alcance que pretende tomar em conjunto com parceiros para melhorar a segurança e as condições de vida na indústria do vestuário. A Zeeman assinou este acordo em janeiro.
Roupa em segunda mão
Em 2022, a Zeeman também começou a recolher vestuário em segunda mão em todas as suas lojas nos Países Baixos. Atualmente, vende vestuário em segunda mão em seis lojas neerlandesas e em duas lojas belgas. A marca vendeu 33 mil peças de vestuário em segunda mão, o que lhe poupar mais de 33 mil quilogramas de CO2. A Zeeman pretende expandir ainda mais a recolha e venda de vestuário em segunda mão em 2023.
A quota de utilização de materiais mais sustentáveis também aumentou. Em 2022, 75% do consumo de algodão da Zeeman consistiu em algodão mais sustentável (versus 59% em 2021). Para além disso, 53% da sua coleção total conta com materiais mais sustentáveis, como o poliéster reciclado e a viscose mais sustentável. Em 2021, esta percentagem era de 39%.
“Consideramos ter dado passos fantásticos e contínuos que não passaram despercebidos. Por exemplo, obtivemos a classificação ‘good’ no Fair Wear Brand Performance Check e ascendemos aos 15 primeiros lugares no Índice de Transparência da Moda”, comenta Erik-Jan Mares, CEO da Zeeman. “Ao mesmo tempo, ainda existem grandes desafios dos quais não fugimos, pois valorizamos a honestidade. Não podemos fazer tudo sozinhos e é por isso que pensamos que é importante que exista legislação internacional para regular o empreendedorismo sustentável. Quanto mais ‘players’ participarem, maior será o impacto que poderemos ter em conjunto“.
Resultados financeiros
Em 2022, a Zeeman alcançou um volume de negócios de 931,5 milhões de euros, um aumento de 14,1% em comparação com 2021.
A marca continua a investir na qualidade das suas lojas e armazéns, tendo investido neles 45,9 milhões de euros em 2022 (versus 41,1 milhões de euros em 2021). A modernização dos armazéns é necessária para suportar a sua estratégia de crescimento a longo prazo e prevê-se que este projeto esteja concluído em 2023.
No ano passado, foram também abertas 43 novas lojas, elevando o número total para 1.313 até ao final de 2022.
Planos de futuro
“Na Zeeman, prevemos que a sociedade ainda vá ter de lidar com desenvolvimentos macroeconómicos e globais desafiantes durante um período de tempo prolongado”, acrescenta Erik-Jan Mares. “Apesar deste contexto, continuaremos a trabalhar nos próximos anos para garantir salários dignos na nossa cadeia de abastecimento. Para além disso, queremos dar mais passos para tornar a nossa oferta ainda mais sustentável, mantendo o preço mais baixo possível“.