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Vendas do Grupo DIA em Portugal caem 8,7%

No segundo trimestre, as vendas do Grupo DIA em Portugal totalizaram cerca de 146,3 milhões de euros, valor que traduz uma queda, face ao homólogo, de 8,7%. Numa base comparável, a descida foi de 8,1%, o que compara com a subida de 9,2% assinalada no mesmo trimestre de 2020.

Globalmente, as vendas líquidas do grupo assinalaram uma descida de 10,8%, para os 1.622,1 milhões de euros (menos 9,2% em termos comparáveis), com todos os mercados a registarem perdas face ao homólogo de 2020, com exceção da Argentina, onde o grupo cresceu, em termos absolutos, 2,7%. Espanha e Brasil registaram quedas de 13,2% e 13%, respetivamente.

Importa, no entanto, considerar que a comparação dos resultados ocorre com um período excecional em termos de vendas, devido ao efeito de abastecimento, durante os meses de restrições mais rigorosas sofridas em 2020 em todos os territórios. O grupo destaca, ainda, a desvalorização do peso argentino (-34%) e, em menor medida, do real brasileiro (-7%), em comparação com segundo trimestre de 2020.

 

Reversão de tendência

A flexibilização das restrições, que facilita o aumento da frequência dos clientes na loja, permitiu um crescimento do número total de tickets de 16,1%, revertendo a tendência dos últimos quatro trimestres de crescimento da cesta média, que, no segundo trimestre, registou uma redução de 21,8%”, descreve o grupo em comunicado.

O lucro bruto aumentou para 23,1% e o EBITDA ajustado alcançou os 2,5% em percentagem de vendas líquidas (3,3% no segundo trimestre de 2020).

No acumulado do primeiro semestre, as vendas líquidas caíram 9,1%, afetadas pela redução de 6,4% no número de lojas e pela desvalorização do real e do peso argentino (desvalorização de 17% e 35%, respetivamente, comparando a taxa de variação média do semestre em comparação com o homólogo de 2020). As receitas das lojas próprias representam 65,2% das vendas líquidas do grupo, contra 32,2% das lojas franqueadas e 2,5% da atividade online.

Em Portugal, as vendas líquidas cifraram-se em 296,3 milhões de euros, menos 4,2% que nos primeiros seis meses do ano anterior.

 

Concluído processo de capitalização e refinanciamento

Graças ao proceso de aumento de capital e ao refinanciamento da dívida, completados nos meses de agosto e setembro, respetivamente, o endividamento líquido foi reduzido em 1.028 milhões de euros, estabelecendo uma estrutura de capital sustentável a longo prazo.

As melhorias operativas e de contenção de gastos situam a margem EBITDA ajustado em 1,5% e reduzem em 44% as perdas do semestre. O resultado líquido situou-se nos -104,8 milhões de euros. “A conclusão do acordo global em redor da estrutura de capital e refinanciamento do Grupo DIA representa um marco estratégico para a empresa e o culminar de um complexo processo de melhoria da sua estrutura de capital que apoiará a aceleração da transformação do negócio e os planos de crescimento do grupo. Gostaria de aproveitar pessoalmente esta oportunidade para agradecer a todos os nossos stakeholders e credores pelo seu apoio para o sucesso desta operação. Queremos continuar a trabalhar ao lado de todos os parceiros financeiros do grupo para alcançarmos o nosso objetivo estratégico de fazer do Grupo DIA a escolha preferencial de compra de proximidade e um operador líder na distribuição alimentar nas geografias onde operamos. O Grupo DIA está a implementar de forma sistemática o seu plano estratégico anunciado em maio de 2020, através de uma série de iniciativas de amplo alcance, tanto comerciais e operacionais, como no âmbito da franquia e da tecnologia nas quatro áreas geográficas. Tudo sob uma liderança de primeiro nível, relações a longo prazo todos os nossos stakeholders, baseadas na confiança e numa cultura focada nos resultados. O plano estratégico põe o cliente no centro de tudo o que fazemos e tem como objetivo resultados sustentáveis a longo prazo para todos os stakeholders” , conclui Stephan DuCharme, presidente executivo da DIA.

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