Produzir Sagres no Brasil é um projeto a que a Sociedade Central de Cervejas (SCC) não vai dar continuidade. “Brasil é para esquecer”, disse Nuno Pinto Magalhães, diretor de comunicação e relações institucionais da SCC, ao Dinheiro Vivo à margem da apresentação da nova campanha de comunicação da Sagres em Portugal.
A cervejeira começou a produzir Sagres no Brasil, em junho de 2014, a partir de uma unidade da Heineken, grupo acionista da SCC, neste mercado. Tratava-se de um projeto piloto e em causa estava um produto adaptado ao mercado brasileiro, em formato de 600 mililitros retornável, vendido apenas no Rio Janeiro para um segmento premium. Nos planos da companhia chegou a estar a expansão a outras regiões no Brasil, mas foi abandonada essa intenção. “O piloto não concretizou dentro das expectativas e abandonamos”. O projeto piloto foi, assim, abandonado no primeiro ano.
O mercado brasileiro é dominado pela cervejeira Ambev, controlada pela Anheuser-Busch InBev, dona da Brahma. No Brasil, o grupo Heineken concorre, além da Ambev, com o Grupo Petrópolis e o Brasil Kirin.
Sobre Angola, mercado onde a Sagres firmou uma parceria com a Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola (SODIBA) para a produção local da cerveja através de um acordo de licenciamento, Nuno Pinto Magalhães considera ser ainda cedo para fazer um balanço da operação.