O mercado de produtos de marca própria no sector alimentar na Europa atingiu os 302 mil milhões de euros, no ano passado, mostram os novos dados da PLMA e NielsenIQ. Em valor, a quota das marcas de distribuição cresceu 1,2%. A marca própria representa agora 37% das vendas no retalho de base alimentar na Europa.
A NielsenIQ estudou 17 mercados para o International Private Label Yearbook da PLMA, dos quais 16 relataram um crescimento nas vendas de marca própria no ano passado. A única exceção, a Suíça, registou um declínio marginal de 0,4%.
Dos países incluídos no estudo, quatro têm uma quota de marca própria superior a 40% e 11 superior a 30%. É o caso de Portugal, um dos mercados a registar maiores crescimentos.
Mercados em crescimento
O maior crescimento da quota da marca própria verificou-se na Chéquia (3,5%), seguindo-se Portugal (2,9%), Espanha (2,2%) e Hungria (2,2%). Em contrapartida, e apesar do decréscimo, é na Suíça que marca própria regista a maior quota: 51,6%.
Outros países com uma quota significativa de marca própria são Espanha (43,3%), Portugal (39%), Países Baixos (44,0%), Bélgica (37,8%) e Áustria (35,4%).
De acordo com a NielsenIQ, alimentos perecíveis e congelados, produtos de papel e alimentação seca são as três principais categorias em termos de quota da marca própria, com uma média de 50%. Isto representa aproximadamente 212,8 mil milhões de euros em vendas, nos 17 países europeus monitorizados.
Inflação
“Os consumidores na Europa claramente se voltaram para a marca própria, reconhecendo a qualidade e o valor do preço”, indica a PLMA.
A inflação elevada está a fazer com que os consumidores em toda a Europa comprem significativamente mais marcas de distribuição, dada a crescente diferença de preços face às marcas de fabricante.
Em plena crise sanitária, as marcas de fabricante ainda conseguiram fortalecer sua posição no mercado, já que os consumidores precisavam de confiança em tempos incertos. Mas, influenciado pela inflação, o comportamento de compra mudou drasticamente.
