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Consumidores recorrem à MDD para lidar com aumento dos custos

Foto Shutterstock

Conforme os consumidores se tornam mais cautelosos com os gastos e procuram estratégias para lidar com o aumento de preços, as marcas próprias tornam-se uma opção mais relevante, conclui uma análise da NielsenIQ. Os dados das vendas, a nível global, de bens de grande consumo, no segundo trimestre, mostram uma tendência crescente nas vendas de MDD, em várias regiões do mundo.

Os custos da alimentação são a maior preocupação para dois terços dos consumidores, a nível global, seguida de perto pelos preços dos combustíveis e custos dos serviços públicos. Tudo isto dá origem a um consumidor mais cauteloso: 79% está mais consciente sobre seus gastos, de acordo com a edição de junho do NielsenIQ Consumer Outlook.

Os consumidores procuram opções inteligentes, como promoções ou produtos mais baratos, para reduzir custos. Além das promoções, a tática mais comum para economizar é deixar de comprar certas categorias, como produtos não essenciais e premium, confirmado por 26% dos consumidores. Alternativamente, 20% procura produtos de marca própria.

 

Marcas próprias

Globalmente, as marcas próprias respondem por 19,4% do valor das vendas de Fast Moving Consumer Goods (FMCG). Estas marcas desfrutam de uma tendência positiva na Europa, região onde o discount é líder do canal de retalho, privilegiando as suas marcas próprias e atendendo a uma necessidade-chave do consumidor: a relação custo-benefício.

Na Europa Ocidental, as marcas próprias representam 36% do mercado, mas mostram uma tendência à estagnação. Os mercados mais importantes, em termos de quota de mercado, são a Suíça (52%), o Reino Unido (44%), a Espanha (42%) e a Bélgica (38%). Curiosamente, diz a NielsenIQ, nos Países Baixos, os artigos de marca própria estão a sofrer aumentos de preços ainda maiores do que os dos principais fabricantes.

De acordo com dados NielsenIQ Retail Measurement Services, na Europa de Leste, a quota da marca própria atingiu 14,7%, no segundo trimestre, e está a crescer significativamente, de um trimestre para o outro. A maioria dos mercados da região tem uma quota de MDD superior à média global, casos da Eslovénia (32%), Hungria (29%), Turquia (29%) e Polónia (21%). As lojas de discount estão as mais populares nestes mercados, impulsionando, assim, o crescimento das vendas de marcas da distribuição.

Nas regiões da Ásia-Pacífico e África e Médio Oriente, as marcas próprias têm uma participação moderada de 6,1% do total de vendas de FMCG, já que as lojas tradicionais são dominantes em muitos mercados nestas regiões.

Vale também a pena notar que os consumidores asiáticos tendem a favorecer marcas regionais, em detrimento de marcas próprias, na maioria dos países, embora existam alguns mercados onde as marcas próprias conseguem registar vendas acima da média global, tais como a Austrália (22%), a África do Sul (19%) e Hong Kong (16%).

 

Aumento do valor

No segundo trimestre, as marcas próprias apresentaram um aumento no valor das vendas de 3,5%, globalmente, em comparação com o homólogo de 2021. Este valor foi impulsionado por certas regiões onde as MDD são mais favorecidas, como a América Latina e a Europa de Leste. Nessas regiões, observa-se um crescimento de dois dígitos de 27,4% e 18,1%, respetivamente.

A inflação tem tido um impacto notável sobre as marcas e a análise da NielsenIQ destaca que naqueles onde a inflação é mais alta também é onde as MDD mais crescem. A crescente importância das marcas próprias na Turquia (61,6%; taxa de inflação: 78,6%) e na Argentina (59,2%; taxa de inflação: 64%) são uma clara indicação das pressões inflacionistas em jogo.

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