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Portugal é o país da Europa com o maior crescimento da marca própria

Portugal foi o país da Europa onde a quota da marca própria mais cresceu em 2023, de acordo com o estudo conduzido pela NIQ, a antiga Nielsen IQ, para a Private Label Manufacturers Association (PLMA). Com uma subida de 4,4 pontos percentuais, a marca própria atingiu em Portugal uma quota de 43,7%.

A NIQ analisou 17 países europeus para o anuário da PLMA, notando um crescimento das marcas próprias em 16 deles. A única exceção é a Suíça, onde a quota decresceu muito ligeiramente, mas que continua a ser o único onde a marca própria está acima dos 50%.

Globalmente, os mercados europeus destacam-se em termos de quota das marcas da distribuição, com 11 deles a suster uma quota acima dos 30% e seis acima dos 40%, caso de Portugal. A par do crescimento da quota no mercado português, destaca-se o na Alemanha (2,9 pontos percentuais), na República Checa (2,8 pontos percentuais) e em Espanha (2,2 pontos percentuais).

Nos maiores mercados europeus – Alemanha, Reino Unido e França – a marca própria atinge, no seu conjunto, uma quota de 39,6%, após um crescimento de 1,9 pontos percentuais em 2023. A maior evolução foi observada no “pet food”, na comida à temperatura ambiente e nos congelados, categorias onde a quota da marca própria cresceu mais de dois pontos percentuais.

A nível ibérico, a marca própria ganhou 2,5 pontos percentuais de quota, destacando-se a sua evolução nas bebidas não alcoólicas, onde cresceu 3,4 pontos percentuais. Apenas na categoria dos cuidados de saúde a marca própria registou um declínio em Portugal e Espanha.

De acordo com os dados, os alimentos perecíveis e os congelados, os produtos em papel e a comida à temperatura ambiente são as três categorias onde a marca própria atinge uma maior quota em valor, com um valor médio de 51,3%, representando um total de 230 mil milhões de euros nos 17 países analisados. Nestes mercados, as vendas de produtos de marca própria cresceram 43 mil milhões de euros, com os perecíveis e a comida à temperatura ambiente a serem os grandes catalisadores.

 

Contrariar a inflação

Em 2023, os europeus compraram mais artigos de marca própria. Uma diferença notável em relação a 2022, ano em que a marca própria só ganhou quota em volume porque a queda nos volumes transacionados foi inferior à observada nas nas vendas de produtos de marca de fabricante. De facto, em 2022, tanto a marca de fabricante como a marca própria não conseguiram igualar os níveis de vendas de 2021, que atingiram o pico devido à Covid-19. Em 2023, os consumidores adotaram as marcas próprias, como estratégia para contrariar a inflação.

De um modo geral, as vendas de artigos de marca própria têm sido resilientes. A redução do volume de vendas em 2022, em comparação com o ano recorde de 2021, transformou-se em 2023 num crescimento de 2% dos artigos de marca própria vendidos nos canais de retalho da Europa. Portugal (+9%), República Checa (+8%), Polónia (+6%) e Espanha (+5%) destacam-se bem acima da média. No entanto, os shoppers nos Países Baixos e na Bélgica (ambos -1%) e na Hungria (-8%) compraram menos artigos de marca própria.

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