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Marcas de luxo aumentam receitas em 8,5%

As 100 maiores empresas de bens de luxo do mundo geraram receitas agregadas de 281 mil milhões de dólares, durante o ano fiscal de 2019 (período compreendido entre 1 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2019), de acordo com o estudo “Global Powers of Luxury Goods” da Deloitte. O crescimento anual foi de 8,5% sendo, no entanto, inferior aos 10,8% do ano anterior.

No período em análise, 12 empresas do top 100 registaram um alto desempenho e reportaram um crescimento de vendas de dois dígitos e uma margem de lucro líquido também de cerca de dois dígitos.

O limite mínimo de receita exigido para entrar na lista das 100 maiores empresas de bens de luxo do mundo foi de 238 milhões de dólares, com uma dimensão média de empresa de 2,8 mil milhões de dólares.

Pela primeira vez, o top 10 das maiores empresas de luxo contribui com mais da metade (51,2%) do total de vendas de bens de luxo do top 100 das maiores empresas. O crescimento das 10 maiores (11,9%) ultrapassou o das 100 maiores empresas (8,5%).

LVMH, Kering e The Estée Lauder estão no top 3 das maiores empresas de luxo do mundo, mantendo a mesma posição do ano fiscal anterior. Enquanto Itália continua a ser o país com maior número de empresas de bens de luxo, França é o mercado com melhor desempenho com um crescimento de vendas composto de 15,7%, contribuindo com 28,3% das vendas totais para o top 100 das maiores empresas de bens de luxo do mundo

Os sectores de vestuário e calçado continuam a corresponder ao maior número de empresas do top 100, mas têm igualmente a menor dimensão por tamanho médio de empresa, com apenas 1,2 mil milhões de dólares.

 

Tendências de evolução

O alastramento da pandemia à escala global impactou, ao longo do ano de 2020, as estratégias de vendas dos segmentos de topo. Apesar de ainda não existir informação pública sobre as receitas agregadas do ano de 2020, observa-se a emergência de novas tendências de evolução no segmento de luxo.

O impacto da Covid-19 originou, desde logo, uma maior aposta nos canais digitais em resposta às restrições na experiência de consumo em lojas físicas. A pandemia veio acelerar a mudança para um novo paradigma de análise de dados do consumidor, através de soluções de inteligência artificial (IA) e aplicações de realidade aumentada (RA).

No entanto, as lojas físicas que oferecem uma experiência única ao cliente do segmento de luxo não serão completamente substituídas pelo digital e a tendência será apostar numa abordagem omnicanal mais ágil nas vendas. Antevê-se que as marcas irão conseguir ultrapassar as barreiras impostas pelas regras de distanciamento social, assegurando o cumprimento das regras de higiene e segurança, e os clientes poderão a continuar a desfrutar de uma experiência personalizada em loja.

 

Sustentabilidade

Em paralelo, a sustentabilidade está também a afirmar-se como uma tendência mais relevante neste sector. As empresas de bens de luxo têm investido significativamente em tecnologias “verdes” e outras medidas como compensação de carbono para contribuir na luta contra as alterações climáticas em resposta às exigências do consumidor.

De acordo com Duarte Galhardas, líder de Consumo e Partner da Deloitte, “a pandemia está a provar ser, acima de tudo, um acelerador para as marcas adotarem novos paradigmas de criação de valor. Embora o segmento de luxo fosse tímido na transição digital e na aposta na sustentabilidade, hoje, mais do que nunca, as marcas de bens de luxo estão a adaptar-se rapidamente à nova realidade e a reinventar a experiência do consumidor, tanto em Portugal como no mundo”.

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