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Mais de 100 mil consumidores defendem manutenção de termos cárnicos em produtos vegetarianos

Dentro de duas semanas, o Parlamento Europeu irá votar as emendas que obrigam produtos como as salsichas vegan ou hambúrgueres vegetais a ter outra denominação que não uma associação à carne e proíbe termos como “alternativa ao queijo”. Contudo, esta proposta não está a ser bem aceite pelos consumidores. A iniciativa promovida pela ProVeg Internacional para travar a proibição já conseguiu reunir mais de 100 mil assinaturas.

A votação final terá lugar na semana de 19 de outubro. Os eurodeputados irão votar sobre as emendas 165 e 171 que procuram, respetivamente, restringir que os produtos de origem vegetal usem designações tipicamente associadas à carne e estender as restrições já existentes em termos relacionados com os lacticínios de origem animal.

Caso se converta em lei, isto poderá significar, por exemplo, que as salsichas e os hambúrgueres vegan passem a ter de denominar-se de tubos e discos de verduras e que, a par da proibição já existente para termos como “leite de soja” e “queijo vegan”, sejam também proibidas denominações como “estilo iogurte” e “alternativa ao queijo”.

 

Falsa confusão

De acordo com a ProVeg, existe evidência de que os consumidores não estão confundidos com a atual designação dos produtos vegetais, pelo que não faz sentido a União Europeia levar a cabo esta proibição.

A European Alliance for Plant Based Foods, entre cujos membros se incluem empresas como a ProVeg, Beyond Meat e Nestlé, entre outras, defende que ambas as emendas são contrárias à direção política progressista da União Europeia em relação à promoção de dietas baseadas em plantas, como estabelece o Pacto Verde Europeu e a estratégia Do Campo à Mesa.

 

Impactos para a indústria

De acordo com a ProVeg, entre os possíveis impactos da proibição proposta, está a necessidade de reetiquetar os produtos existentes sob o novo enquadramento legal. Isso criaria incerteza e incorreria em processos potencialmente custosos para as marcas que se considere terem interpretado a legislação incorretamente.

Por outro lado, seria necessária uma mudança de marca para garantir que os produtos possam atrair reter os consumidores que estão familiarizados com a etiqueta, a marca e a terminologia anteriores.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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