O grupo de comércio eletrónico JD.com superou as estimativas para as receitas trimestrais, uma vez que mais pessoas compraram na sua plataforma, após os confinamentos derivados da pandemia na China, mas o seu CEO mantém-se cauteloso quanto às perspetivas futuras, devido a perturbações logísticas e à desaceleração do consumo.
O ressurgimento da Covid-19 na segunda maior economia do mundo, em março, e os rigorosos bloqueios que tomou, desde então, para conter a sua propagação, incluindo na sua cidade mais populosa, Xangai, perturbaram fortemente a vida normal e a atividade empresarial.
Cancelamento de encomendas
O CEO da JD.com, Xu Lei, disse aos analistas, que a situação é muito diferente da que a China viveu nos últimos dois anos, quando os surtos se limitavam a áreas mais pequenas do país e impulsionaram as compras online.
Desta vez, a propagação de infeções a grandes centros, como Pequim, Xangai, Guangzhou e Shenzhen, e os bloqueios estão a afetar tanto o comércio online como o offline. “Em abril, a taxa de cancelamento de encomendas foi significativamente maior do que no ano passado, devido a perturbações logísticas. Houve uma melhoria em maio, mas ainda foi maior do que um ano antes“, indicou. “Os consumidores estão a enfrentar perdas de rendimento e de confiança e o consumo global é lento”.
Resultados
A JD.com registou receitas de 33,85 mil milhões de euros, no trimestre terminado a 31 de março.