A atividade económica apresentou, em março, uma certa recuperação, segundo mostram alguns dos indicadores estudados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O gabinete de estatísticas revela na “Síntese Económica de Conjuntura” que a informação disponível para março mostra taxas de variação homólogas positivas, após taxas negativas desde o início da pandemia. No entanto, ressalva, este comportamento positivo está em boa parte relacionado com um efeito base, na medida em que, pela primeira vez, a comparação incide sobre um período de 2020 já muito afetado pela pandemia.
Indicadores
Em março, o montante de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede Multibanco registou um crescimento homólogo de 6,2%, que compara com a queda de 17% em março de 2020 e de 25,7% em fevereiro de 2021.
Já as vendas de veículos automóveis ligeiros de passageiros cresceram 19,9%. Em março de 2020, estas vendas tinham contraído 57,5% e, em fevereiro deste ano, recuaram 59%. Quanto aos veículos comerciais ligeiros, as vendas aumentaram 87,7% em março, o que compara com quedas de 51,2% no período homólogo de 2020 e de 17,8% em fevereiro de 2021. Por fim, nos veículos pesados, as vendas subiram 93,9% em março, face aos menos 46,9% de março de 2020 e menos 19,2% de fevereiro de 2021.
Reforço da confiança
Estes indicadores foram acompanhados por um reforço da confiança dos consumidores, que aumentou significativamente em março, após ter diminuído no mês anterior, situando-se no nível mais elevado desde abril de 2020.
Também o indicador de clima económico, que traduz a confiança dos empresários, aumentou em março. “Em março, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, no comércio e nos serviços, enquanto o indicador da construção e obras públicas estabilizou“, diz o INE.
