Os preços na produção e no consumidor mantêm uma trajetória marcadamente ascendente, alertou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na síntese económica de conjuntura relativa a maio.
O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou, em maio, uma taxa de variação homóloga de 22,9%, mais uma décima face a abril, registando o crescimento mais elevado da atual série.
O crescimento dos preços foi impulsionado, sobretudo, pela componente energética, com o preço do petróleo a registar um valor médio de 119,3 euros nos primeiros dezasseis dias, o que representa um aumento de 11,3% face ao valor médio de maio. Excluindo a componente energética, o índice aumentou 16,3% em termos homólogos, apresentando também o crescimento mais elevado da atual série (15,7% em abril).
Taxa mais elevada desde 1993
Por sua vez, o índice de preços no consumidor (IPC) registou uma variação homóloga de 8% em maio, atingindo a taxa mais elevada desde fevereiro de 1993. O indicador de inflação subjacente (excluindo bens energéticos e alimentares não transformados) foi de 5,6% 5% em abril), o valor mais elevado desde outubro de 1994.
O gabinete de estatística indica ainda que, em maio, 56% das empresas já tinham alcançado ou ultrapassado o nível de atividade pré-pandemia. 54% estima um aumento do volume de negócios face ao ano anterior e 14% prevê uma redução.
