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Banco Mundial alerta que metade das economias vulneráveis enfrenta regressão histórica

Foto Shutterstock

Metade dos 75 países com as economias mais vulneráveis do mundo enfrenta um possível revés históricoe, pela vez neste século, aumenta a diferença entre os seus rendimentos e os das economias mais ricas, de acordo com o Banco Mundial.

Assim explica o último relatório da entidade, que alerta que o rendimento per capita desses países, que compõem a lista de beneficiários da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), cresceu mais lentamente do que os das economias mais ricas, durante o período entre 2020 e 2024.

O abrandamento do crescimento nestes países põe também em perigo a economia mundial, alerta o Banco Mundial, uma vez que têm atualmente o maior número de populações jovens, numa altura em que as restantes populações estão sistematicamente a envelhecer.

“Os países da AID desfrutarão de uma parcela crescente de jovens trabalhadores até 2070, um enorme dividendo demográfico potencial”, diz o relatório da Associação Internacional de Desenvolvimento The Great Reversal: Prospects, Risks, and Policies in Countries. Estes 75 países também têm uma grande parte dos recursos naturais do planeta e grandes reservas minerais que podem ser cruciais para a transição para a energia limpa.

 

Potencial

Especificamente, estes países são responsáveis por cerca de 20% da produção mundial de estanho, cobre e ouro e a sua posição geográfica permitir-lhes-ia alcançar o maior potencial diário de geração de eletricidade solar, a longo prazo, do mundo.

O primeiro vice-presidente do Banco Mundial, Indermit Gill, sublinha a necessidade de apoiar o desenvolvimento destas economias, que têm potencial para se tornarem as próximas potências mundiais. O bem-estar destes países sempre foi crucial para as perspetivas de prosperidade global, a longo prazo. Três das atuais potências económicas mundiais (China, Índia e Coreia do Sul) eram mutuárias da AID”, nota.

De acordo com dados do Banco Mundial, um em cada três países da AID é, em média, mais pobre do que antes da pandemia e a taxa de pobreza extrema é mais de oito vezes maior do que a média no resto do mundo. Apesar de poderem aceder às subvenções e empréstimos sem juros ou a juros baixos da parceria, metade destes países está endividada ou em risco elevado de se endividar.

“Os países da AID têm um potencial incrível para um crescimento forte, sustentável e inclusivo”, nota Ayhan Kose, vice-economista chefe do Banco Mundial e diretor do Grupo Outlook. “No entanto, para concretizarem este potencial, precisam de implementar um conjunto ambicioso de políticas centradas no estímulo ao investimento”.

Alguns dos pontos mais importantes incluem, segundo o mesmo relatório, a implementação de políticas de educação e saúde, que garantam a inclusão de toda a população jovem no mercado de trabalho, criando instituições fortes capazes de melhorar a gestão económica e o apoio financeiro da comunidade internacional.

Do total de países incluídos nesta lista, mais de metade (39 no total) situa-se na África Subsariana, 14 dos quais na Ásia Oriental e oito na América Latina e Caraíbas. No Sul da Ásia, todos os países, com exceção da Índia, pertencem à AID.

 

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