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Hungria quer livrar-se da estrela “comunista” da Heineken

O governo húngaro quer livrar-se de referências e símbolos que lembram o nazismo ou o comunismo e vai a extremos para alcançar o seu objetivo, o que pode ter consequências para a Heineken, porque a estrela vermelha icónica da marca é um alvo.

A Hungria quer remover estrelas vermelhas, porque estas eram o símbolo da ditadura comunista que esteve no controlo durante quase 50 anos. O primeiro-ministro Viktor Orbán e o seu governo sentem que é a sua obrigação moral proibir esses símbolos sem nenhuma consideração possível pela sua origem: a Heineken afirmou que o seu logótipo é um antigo símbolo dos cervejeiros que remonta à Idade Média, mas o governo húngaro aparentemente ignorou essa informação. “Os pontos da estrela simbolizam os quatro ingredientes naturais, com o quinto como a magia desconhecida da cervejaria“, disse a Heineken.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a cervejeira substituiu temporariamente a estrela por uma versão branca com a borda vermelha, mas voltou a uma versão totalmente vermelha em 1991. O vice-primeiro ministro húngaro Semjen disse já que sente que a estrela tem “um claro propósito político“.

Se a estrela vermelha for realmente banida,  pode custar caro à Heineken, porque o governo húngaro quer emitir multas até sete milhões de euros e sentenças de prisão para qualquer pessoa que viole a lei. O debate parlamentar já começou, mas, com uma maioria de dois terços para a atual administração, é altamente improvável que o parlamento discorde com o governo.

Os oponentes de Viktor  Orbán veem um terreno comum com atos anteriores do governo húngaro e encaram esta tentativa de rotular o logótipo da Heineken como um símbolo comunista como  um esforço “alternativo” para dar preferência às empresas húngaras em relação às empresas estrangeiras. Anteriormente, o governo tentou forçar o repouso ao domingo em supermercados estrangeiros. 

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