A Heineken vendeu menos cerveja em 2023, mas a preços mais elevados. Este facto permitiu à cervejeira compensar a queda dos volumes, mas os lucros estiveram sob pressão e as perspetivas são incertas.
A Heineken conseguiu aumentar as vendas em valor de 34,6 mil para quase 36,4 mil milhões de euros, no ano passado. Este aumento deveu-se inteiramente aos preços, que tiveram de compensar o aumento dos custos das matérias-primas e da energia.
O volume de vendas caiu 4,7% para 242,6 milhões de hectolitros. O lucro líquido desceu de 2,7 mil para 2,3 mil milhões de euros, apesar de um programa substancial de redução de custos, que gerou 800 milhões de euros.
Nalguns dos principais mercados de cervejeira, como a Nigéria e o Vietname, as vendas de cerveja caíram acentuadamente, devido a condições económicas desfavoráveis. Na Europa, o mau tempo também afetou as vendas. Soma-se a isso, a saída da Rússia, cujo impacto só se tornará claro este ano.
Investir nas marcas
A Heineken planeia aumentar as vendas de cerveja este ano, investindo nas suas marcas e em novos canais de venda, incluindo o online.
Com um aumento menos acentuado dos custos, a empresa não terá de repercutir tantos aumentos de preços. A cervejeira vai também voltar a cortar cerca de 500 milhões de euros para proteger as suas margens.
O CEO, Dolf van den Brink, é cauteloso nas suas perspetivas para 2024, devido às difíceis condições económicas e à incerteza geopolítica. No entanto, espera que o volume volte a crescer este ano.