A Crédito y Caución prevê que, em 2019 e 2020, a vigorosa expansão do Produto Interno Bruto (PIB) irlandês desacelere, à medida que abrande o crescimento das exportações.
As perspetivas económicas da Irlanda são mais incertas que no ano passado. Dado que o mercado britânico representa cerca de 15% das exportações de bens e 20% das exportações de serviços, uma possível recessão económica no Reino Unido e o resultado das negociações em curso com a União Europeia poderiam afetar os seus resultados económicos.
Outra questão relevante para a Irlanda é o elevado endividamento das famílias e das empresas, que aumentou a sua vulnerabilidade a qualquer futuro aumento dos juros por parte do Banco Central Europeu.
A procura interna irá manter-se sólida, graças ao aumento do emprego e dos salários. O mercado de habitação irá manter-se próspero, impulsionando o sector da construção civil. A Crédito y Caución prevê que a inflação aumente cerca de 2%, em 2019. Graças à austeridade fiscal, o défice orçamental diminuiu e a dívida pública, embora continue elevada, também reduziu.
Após seis anos consecutivos de aumentos, as insolvências na Irlanda registaram uma descida de 13%, em 2018. Contudo, espera-se que esta tendência positiva termine, em 2019, e que as insolvências subam ligeiramente. A principal razão para este crescimento é a elevada incerteza em torno do Brexit.
Os sectores manufatureiro e alimentar são os mais expostos, devido à elevada dependência das suas exportações para o Reino Unido. Ambos podem ser afetados pela volatilidade das taxas de câmbio e por possíveis interrupções no comércio transfronteiriço.
