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51% das empresas portuguesas afirma que a pandemia afetou o seu comportamento de compra

Os constrangimentos nas cadeias de abastecimento, causados pela pandemia, tiveram repercussões no ciclo de compra das empresas, com mais de 50% dos gestores a afirmar que a sua postura face a compras transnacionais mudou. Ainda assim, cerca de 60% continua a não considerar mudar para fornecedores locais.

Estas são algumas das conclusões do estudo recentemente publicado pela Expense Reduction Analysts, consultora global especialista em otimização de custos e gestão de compras, com o objetivo de perceber de que forma os constrangimentos na cadeia de abastecimento e a incerteza que caracteriza a economia mundial afetaram o comportamento de compra B2B das empresas portuguesas.

 

Pandemia afeta 51%

Quanto às alterações no comportamento de compra B2B das suas empresas, as opiniões dos gestores dividem-se. Enquanto 51% das empresas inquiridas afirma que a pandemia afetou o seu ciclo de compra, a outra parte afirma que o contexto não teve influência. Segundo o estudo, mais de 78% dos gestores afirma dedicar tempo a avaliar diferentes opções, analisando diferentes aspetos, nomeadamente quando se trata de investimentos de grande valor, e três em cada dez afirmam que a duração do ciclo de compra aumentou desde o início da pandemia.

Quanto às fontes, mais de dois terços das empresas afirma que, antes de comprar, procura informações sobre os produtos em relatórios e recomendações dos analistas, sendo que a experiência prévia é um fator relevante para cerca de 80% dos gestores. Adicionalmente, a maioria das empresas presta também atenção às referências de clientes e às redes sociais, sendo estas mais utilizadas em compras de baixo valor.

O que cerca de 70% das empresas portuguesas procura no fornecedor é o seu conhecimento profundo da solução e do contexto empresarial. Já no produto, o foco da maioria dos gestores (65%) são as características e funcionalidades do produto/serviço, sendo que dois em cada dez gestores indicam que o preço é o fator que mais valorizam. Quanto à duração do ciclo de compra, para cerca de 41% das empresas portuguesas, o tempo desde a pesquisa até à finalização da compra não se alterou, enquanto para 40% aumentou e para mais de 10% aumentou significativamente.

Segundo João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts, “perante os constrangimentos da pandemia na logística internacional, as empresas portuguesas deveriam considerar fornecedores nacionais e optar por uma cadeia de abastecimento mais local”.

 

Estudo

O relatório, resultado de um inquérito conduzido durante o mês de maio, analisa o comportamento de compra das empresas portuguesas, procurando identificar diferenças na gestão de compras desde o início da pandemia em Portugal.

Neste estudo, participaram 87 gestores, que se distribuem por diversos sectores – com destaque para a indústria, retalho e serviços -, cerca de 40% tem um volume de negócios acima dos 25 milhões de euros e, na sua generalidade, empregam, pelo menos, mais de 50 pessoas, indo até às mil.

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