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CFOs portugueses mais otimistas, mas só esperam voltar a níveis pré-crise no 2.º semestre de 2022

Foto Shutterstock

Os líderes financeiros das empresas portuguesas estão mais otimistas do que no final do ano passado e, tal como no resto do continente europeu, têm perspetivas futuras mais positivas agora do que na última edição do CFO Survey da Deloitte.

Segundo este estudo, 52% dos Chief Financial Officers (CFOs) inquiridos sente-se mais otimista sobre as perspetivas financeiras da sua empresa do que na edição de outono e a percentagem de CFOs menos otimistas diminuiu para apenas 13%. Antes entre os mais pessimistas, os CFOs portugueses estão, desta vez, no top 10 dos países mais otimistas da Europa.

Esta edição contou com a participação de cerca de 1.559 CFO’s de 19 países europeus: Áustria, Alemanha, Bielorrússia Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Países Baixos, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia e Suíça. Contou com a participação de 227 CFOs em Portugal.

O estudo revela, também, que apenas 25% dos CFOs considera que as suas empresas já estão no nível ou acima do ponto em que se encontravam antes da crise pandémica ou no período pré-Covid, o que compara com a média de 40% no resto da Europa. Isto enquanto 50% dos inquiridos espera atingir níveis pré-crise apenas após a segunda metade de 2022, em comparação com os 35% em média na Europa.

 

Incerteza

Por outro lado, segundo este estudo, os CFOs portugueses consideram que o nível geral de incerteza financeira e económica externa que os seus negócios enfrentam permanece elevado (55%) ou muito elevado (15%).

Contudo, existe uma perspetiva positiva nas expectativas de emprego e investimento, que estavam em níveis mínimos históricos no estudo do outono do ano passado. Cerca de 33% dos CFOs em Portugal espera, agora, aumentar o número de colaboradores nas suas empresas durante o próximo ano, enquanto 50% dos participantes do estudo afirma que o número deverá permanecer o mesmo. O estudo prevê que o investimento aumente para 38% das empresas consultadas, enquanto 44% acredita que não haverá mudanças.

 

Prioridades

O estudo da Deloitte avança ainda que, para os CFOs portugueses, a principal prioridade futura para as suas organizações enfrentarem este momento é a digitalização, atingindo um recorde histórico (86%) desde que esta análise é realizada. Logo atrás, em segundo lugar, estão as iniciativas de redução de custos (77%).

No que toca às estratégias de crescimento, a expansão nos mercados existentes e a introdução de novos produtos e serviços têm uma prioridade mais alta para as empresas portuguesas do que entrar em novos mercados ou expandir a atividade da empresa através de aquisições no mercado.

Nelson Fontainhas, partner da Deloitte e responsável pelo estudo em Portugal, pensa ser positivo Portugal estar entre os países europeus em que os líderes financeiros das empresas estão mais otimistas, após um ano de pandemia marcado pelo pessimismo. “O inquérito aos líderes financeiros das empresas mostra que, para prosperar, as empresas irão focar-se na digitalização, mas os CFOs portugueses também destacam a importância da redução de custos e do crescimento nos mercados existentes onde a pandemia também teve impacto no comportamento da procura”, garante.

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