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Metade dos empresários acredita que os seus negócios vão melhorar nos próximos meses

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Imagem Shutterstock

De dois meses a um ano. Este é o tempo que os empresários preveem que os seus negócios vão conseguir sobreviver ao atual contexto de pandemia, se esta se mantiver.

Apesar de mais de dois terços afirmar que a sua empresa está hoje pior ou muito pior do que antes da crise pandémica, quase 50% acredita que o seu negócio vai melhorar, ou melhorar muito, nos próximos meses. De olhos postos no futuro, 43% assume estar razoavelmente preparado para essa recuperação económica.

Estas são algumas das conclusões do “Estudo de Mercado Qualitativo/Quantitativo da Avaliação do Impacto da Pandemia COVID-19 no Tecido Comercial do Município de Cascais”. Realizado pela Pitagórica para a Associação Empresarial do Concelho de Cascais (AECC), os resultados do estudo foram partilhados recentemente na quarta edição da Expo’Cascais, que se realizou no Palácio Estoril Golf & Wellness Hotel, em Cascais. O documento, agora apresentado na íntegra, teve como universo de estudo gestores/decisores de empresas do concelho, de ambos os géneros, e indivíduos residentes no município, tendo auscultado os mesmos relativamente a cinco momentos-chave: antes da pandemia, notícia da pandemia, durante a pandemia, momento atual e perspetivas futuras.

 

Pandemia

Cerca de dois terços dos negócios (64%) não estavam preparados para a crise sanitária, sendo que a maioria dos empresários (59%) não adotou medidas para enfrentar a pandemia, aponta o estudo. Ainda assim, aqueles que tomaram medidas optaram especificamente por iniciativas como “entrega de cabazes ao domicílio, encomendas online, take-away e divulgação do negócio online”.

Durante o auge da Covid-19, o papel do contabilista terá sido fulcral, sendo mesmo apontado como “salvador” de muitas empresas, dada a sua “capacidade de descodificar a informação sobre os apoios e de fazer e conseguir aceder aos mesmos”, refere o documento.

No que diz respeito ao momento atual, “a ideia principal é sobreviver não injetando mais dinheiro (poupança) num negócio parado e esperar que a pandemia passe”, conclui o estudo, sublinhando que “todos os negócios que não sejam supermercados, hospitais e funerárias terão sempre de considerar a possibilidade de ter voltar a lidar com os efeitos nefastos de uma crise como a atual e preparar-se para tal. É vital potenciar a curva de aprendizagem”, sublinham os especialistas que desenvolveram o estudo.

Cerca de 67% dos empresários afirma que o seu negócio está, hoje, pior ou muito pior do que antes da pandemia, mas, quando questionados sobre o seu kit de sobrevivência para a empresa, foram claros: “colaboradores, pagar menos impostos, atrair clientes e uma atitude de otimismo para o futuro”.

 

Futuro

No que diz respeito a perspetivas futuras, 78% dos empresários afirma ser provável ou certo que o seu negócio aguente mais um ano, em contexto de pandemia. Quase 50% acredita que o seu negócio vai melhorar nos próximos meses, enquanto menos de 10% considera que irá piorar ou piorar muito.

De olhos postos na recuperação económica, 43% dos empreendedores assume que o seu negócio está razoavelmente preparado para essa fase, enquanto 41% assumem estar mesmo bem ou totalmente preparados.

Entre as emoções experimentadas pelas empresas durante a pandemia, “aceitação, medo, esperança, expectativa e otimismo” foram as mais sentidas pelos líderes de negócios, refere ainda o estudo.

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