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Vendas online neste Natal vão crescer 9% nos EUA

Foto Shutterstock

O estudo “Marketplaces Prepare to Share Amazon’s Holiday Cheer” da Bain & Company prevê um crescimento, no mercado de norte-americano, de 9% das vendas online, enquanto as das lojas físicas também aumentarão 6%, em relação ao ano passado.

Esta análise sublinha a importância da Amazon, que continua a ter de ser tida em conta nesta época de compras. Além disso, 77% dos consumidores norte-americanos planeia fazer, pelo menos, algumas das suas compras online e 23% a comprar apenas online.

No âmbito do comércio eletrónico, as vendas estão cada vez mais a transferir-se para os marketplaces, onde outros retalhistas podem vender os seus produtos. A Amazon, a maior plataforma norte-americana e peso pesado histórico da temporada de Natal, deverá capturar uma parte significativa do crescimento online deste ano. De acordo com Ignacio Otero, sócio da Bain & Company em Madrid, “o e-commerce e, especificamente, a Amazon continuaram a acelerar o seu crescimento no mundo pós-Covid, impulsionado por várias tendências favoráveis dos consumidores. Além disso, à medida que a Amazon e os canais online crescem, as estratégias e táticas de marketing estão a tornar-se mais sofisticadas e os modelos de vendas estão mais omnicanais, onde a Amazon tem vindo a investir há vários anos“, acrescenta.

 

Confiança

A consultora explica estas boas perspetivas para o online, em 2021, apesar das dificuldades na cadeia de abastecimento, devido ao crescimento excecional da procura e ao aumento dos preços. Entre os indicadores que apoiam esta previsão estão, por um lado, a confiança dos consumidores, que aumentou quatro pontos em outubro (superando os níveis de 2020 em mais de 20 pontos) e, por outro, a evolução das vendas a retalho em 12%, em termos homólogos, no terceiro trimestre. Embora a inflação explique parcialmente esta recuperação (o índice de preços no consumidor aumentou 5,3%, em relação ao terceiro trimestre de 2020), é evidente uma forte procura por parte dos consumidores.

Este relatório detalha também qual será o principal desafio para os retalhistas. “As perturbações da cadeia de abastecimento não mostram sinais de alívio. As taxas dos contentores subiram para quase 12 vezes face aos níveis pré-pandemia, os atrasos nos portos aumentaram de 14 horas, em junho de 2020, para quase 13 dias em setembro e os tempos de espera para entregas de chips foram alargados de uma média entre nove e 12 semanas para 22 semanas, a partir de outubro“, diz.

É também dada ênfase à escassez de mão-de-obra. Dos 100 maiores retalhistas norte-americanos, 20 anunciaram publicamente planos para contratar um total de 600 mil colaboradores esta temporada de vendas. Mas o desemprego está no nível mais baixo desde março de 2020 e as vagas de emprego no retalho mantiveram-se perto de máximos de sempre, em setembro.

Além disso, os retalhistas especializados, especialmente os marketplaces de rápido crescimento, estão também a ganhar clientes devido à boa experiência de compra. Para mitigar alguns dos problemas e atrasos da oferta, os grandes retalhistas procuram gerar um impulso nas compras mais cedo e, assim, suavizar a curva da procura dos consumidores.

 

Amazon

O estudo recorda que quase 90% dos consumidores online nos Estados Unidos da América planeia fazer compras na Amazon e a maioria espera gastar o mesmo, se não mais, do que no ano passado. Para os clientes que já sabem o que querem comprar e estão à procura de eficiência, a gigante do comércio eletrónico continua a ser uma prioridade.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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