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Gases com efeito de estufa da União Europeia sobem quase um quinto na recuperação económica

Foto Shutterstock

As emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos países da União Europeia aumentaram 18%, na primavera passada, de acordo com dados do gabinete de estatísticas comunitário, uma vez que todos os sectores económicos lançaram gases mais nocivos para a atmosfera, à medida que se recuperavam das paralisações motivadas pela pandemia.

Segundo o Eurostat, as emissões totalizaram 867 milhões de toneladas de equivalentes de CO2, de abril a junho, um aumento acentuado face ao mesmo período do ano passado, quando os bloqueios em toda a região elevaram as emissões para os níveis mais baixos alguma vez registados.

No entanto, os níveis mantêm-se abaixo de qualquer trimestre pré-pandemia e continua a tendência a longo prazo de redução constante.

 

Contribuição sectorial

O sector da indústria transformadora e da construção – responsável por mais de um terço das emissões, a maior fatia – viu os níveis subirem 22%, a partir de 2020, enquanto o sector do fornecimento de eletricidade aumentou 17% e a agricultura manteve-se estável.

As famílias contribuíram com quase um quinto das emissões, em grande parte devido à pegada de carbono ligada ao transporte, que aumentou 25% em relação ao ano passado, e ao aquecimento, num aumento de 42%.

Mas, mesmo à medida que as empresas europeias se recuperam, alguns países estão a implementar novos bloqueios, depois da Áustria ter fechado todas as bares e cafés e lojas não essenciais para conter a nova onda de infeções.

O relatório do Eurostat representa as suas primeiras estimativas das emissões trimestrais de gases com efeito de estufa da União Europeia, à medida que se aproxima do seu objetivo líquido-zero para 2050.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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