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Vendas dos centros comerciais estão 15,9% acima dos dados pré-pandemia

Footfall também acompanha tendência de crescimento

centros comerciais

O volume de vendas dos centros comerciais aumentou 15,9% em Portugal, em dezembro de 2023, em comparação com os valores pré-pandemia, de acordo com o relatório Property Management Insights, elaborado pela área de Property da CBRE. O “footfall”, também em tendência de crescimento, situa-se 6,5% acima dos níveis de 2019.

No país, a relação entre o movimento e as vendas nos centros comerciais continua a ser direta, ou seja, o aumento do número de visitantes continua a traduzir-se num maior volume de negócios do centro. No entanto, esta relação já não se verifica em todos os centros geridos pela CBRE e o mesmo não se verifica em Espanha, que deteta uma contra tendência, com o volume de vendas a crescer e o “footfall” a manter-se em níveis abaixo dos registados antes das pandemia.

Especificamente, o tráfego está 6,5% acima dos níveis pré-pandemia, enquanto as vendas cresceram 15,9% em comparação com o mesmo período. “O aumento do volume de negócios explica-se, em parte, pelo efeito da inflação, porém, o crescimento é acentuado e acreditamos que também se tenha refletido num aumento de lucro para os operadores com melhor performance”, afirma a diretora executiva corporativa e Head of Property Management da Iberia na CBRE, Soledad López-Cerón.

Outra das tendências identificadas é a mudança do perfil dos consumidores. Cada vez mais utilizam as lojas como pontos de recolha ou devolução de encomendas, sem consumo direto no local. Esta tendência tem sido acompanhada por uma mudança nos modelos de negócio dos operadores, aumentando a percentagem de vendas provenientes do online.

 

Polarização do mercado de escritórios

A implementação de modelos de trabalho híbridos teve um impacto direto no tráfego de escritórios, que ainda não recuperou os níveis pré-pandemia. De facto, a ocupação dos edifícios situou-se em média em 63,4%, em setembro de 2023, praticamente nos mesmos volumes de um ano antes.

Apesar de estarem longe dos valores registados em 2019, com uma ocupação de escritórios de praticamente 100%, as entradas destes ativos têm registado um crescimento assinalável desde 2020. Em março desse ano, a ocupação média dos escritórios geridos pela CBRE situava-se nos 18% e cresceu para 38,2% em junho de 2021. Em 2022 e 2023, os dados estabilizaram em torno de 62%, com queda para 42,1% em agosto do ano passado. “Os dados dos visitantes demonstram o claro compromisso das empresas com modelos de trabalho híbridos. Neste novo cenário, os edifícios já não são considerados apenas espaços de trabalho, mas posicionam-se como um ponto de encontro e um elemento essencial para atrair talentos”, acrescenta Soledad López-Cerón.

 

Impacto da inflação na gestão de ativos logísticos

Para além da inflação ter impactado os resultados de faturação dos centros comerciais, também influenciou o tipo de contratos celebrados no sector logístico. No contexto atual, é cada vez mais comum a celebração dos chamados contratos “triple net”, modalidade em que o ocupante ou inquilino é diretamente responsável por todas as despesas associadas ao armazém, como impostos, serviços públicos, prémios de seguros, despesas operacionais, reparos, entre outros.

 

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