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O estudo desenvolvido pela REDUNIQ Insight para a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) revela que, em 2022, a faturação, em compras com cartão, das lojas nos centros comerciais apresentou uma variação positiva de 20,6% face a 2019.
Os dados, que incluem o sector alimentar, confirmam um dos melhores anos de sempre. O aumento da faturação é justificado pelo acréscimo do número de transações, com mais 20,9% em comparação com 2019.
Peso dos fins de semana
O período pós-laboral, das 17 às 23 horas, representou 42% das vendas realizadas nos centros comerciais nos dias úteis. As vendas realizadas aos fins de semana, de sexta-feira a domingo, representaram cerca de 50%, com cerca de 34% da faturação a registar-se nos sábados e domingos
Em termos sectoriais, em 2022, 34% do total de faturação registada em centros comerciais foi relativa à categoria da moda. Além disso, 28% foi gasto em supermercados e 14% em restauração. Há categorias, como cabeleireiros e restauração, que apresentam um crescimento mais expressivo, em parte explicado pela desmaterialização dos pagamentos de dinheiro para cartão.
Ticket médio
Apesar do valor da inflação verificado em 2022, o ticket médio das compras em lojas dos centros comerciais foi semelhante ao verificado em 2019: 37,2 euros. O valor da compra média é mais elevado ao fim de semana, ficando nos 38,3 euros.
Os principais sectores que caracterizam o consumo em centros comerciais, como a moda, as perfumarias e a restauração, apresentaram, em 2022, um valor de compra média superior ao registado em 2019.
Analisando cada trimestre em particular, o quarto, como é tradicional, foi o que representou a maior percentagem das vendas, em 2022, com 31,7% (face aos 30,5% que este período representou em 2019).
“O ano passado foi um ano de recuperação plena para os nossos lojistas. Apesar de ter começado com grandes restrições de circulação e das pressões inflacionistas, acabou por ser um dos melhores anos de sempre para as lojas dos centros comerciais. Resultado do profissionalismo e dinâmica que todos souberam colocar”, comenta Rodrigo Moita de Deus, CEO da APCC.