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Tecnologias verdes proporcionam ganhos significativos, mas ainda não são prioridade para a maioria das empresas

Foto Shutterstock

Segundo o novo estudo “Sustainable IT:Why it’s time for a Green revolution for your organization’s IT” do Capgemini Research Institute, as organizações que construíram um roteiro abrangente para acelerar a implementação de práticas de TI sustentáveis alcançaram uma melhoria das pontuações de ESG (61%), registaram um aumento do nível de satisfação dos seus clientes (56%) e obtiveram poupanças fiscais (44%) significativas.

No entanto, as empresas ainda desconhecem, em grande medida, como implementar práticas de TI sustentáveis e como abordar proativamente o impacto ambiental da sua computação empresarial. Só 6% das empresas inquiridas revelou ter atingido um nível elevado de maturidade nesta área.

Embora as soluções tecnológicas possam ajudar a resolver problemas ambientais, as TI no seu conjunto têm a sua própria pegada ambiental. Este novo estudo identifica quais as áreas das TI onde as emissões de carbono estão a aumentar mais rapidamente no contexto empresarial e estabelece um roteiro assente em três fases para as empresas desenvolverem e implementarem estratégias de TI sustentáveis nas suas organizações.

 

Pegada ambiental

O estudo conclui que as empresas ainda não consideram a computação verde como uma prioridade, no âmbito dos seus programas de desenvolvimento sustentável, no que diz respeito à redução das emissões de carbono. Apenas 22% prevê reduzir em mais de um quarto a sua pegada ambiental através do recurso a tecnologias verdes nos próximos três anos.

O estudo conclui igualmente que existe uma verdadeira lacuna no que diz respeito ao conhecimento do nível de impacto ambiental das TI, com 57% dos inquiridos a afirmar desconhecer qual a pegada das suas empresas neste contexto. Os sectores da banca e dos produtos de consumo são aqueles onde o nível de conhecimento nesta matéria é mais elevado (52% e 51%, respetivamente). Já a indústria apresenta os valores mais baixos (28%), com 34% dos inquiridos que pertence a este sector a desconhecer que a produção de telemóveis e de computadores portáteis tem um impacto ambiental superior ao provocado pela sua utilização, ao longo de toda a sua vida útil.

 

Alocação de recursos

Esta lacuna de conhecimento é agravada pelo facto de as tecnologias verdes não beneficiarem, atualmente, da mesma atenção e alocação de recursos que as outras iniciativas ambientais nas empresas. No que diz respeito à estratégia, metade das empresas já definiu uma abordagem de sustentabilidade a nível empresarial, mas só 18% (menos de uma em cada cinco) possui uma estratégia sustentável de TI que seja abrangente, com objetivos bem definidos e prazos específicos e devidamente estabelecidos para a concretização das várias metas a alcançar.

A maioria das organizações não dispõe de ferramentas ou de standards partilhados que sejam adequados para aferir o impacto ambiental das suas TI. Apenas 29% utiliza ferramentas de avaliação do impacto ambiental e só 34% afirmou que a computação sustentável faz parte da agenda de prioridades dos seus conselhos de administração.

A utilização de KPIs para acompanhar e medir os progressos no desenvolvimento sustentável da computação empresarial também não é generalizada, uma vez que apenas 23% das empresas mede as emissões de gases com efeito de estufa. No total, apenas 1% das empresas atingiu os seus objetivos nesta matéria. A fixação de um valor/custo para as emissões de carbono advindas das operações de TI pode ajudar as empresas a tomarem consciência do impacto da pegada ambiental da sua computação, mas só 27% das organizações adotou esta prática.

 

Benefícios

O sector tecnológico está bem posicionado para desempenhar o papel influenciador e de defensor da mudança de políticas. As empresas tecnológicas estão a tomar medidas proativas para concretizarem a descarbonização e alcançarem a neutralidade carbónica nas suas respetivas operações, serviços e produtos de TI. Já várias organizações deste sector anunciaram as suas metas para alcançarem a neutralidade carbónica. Consequentemente, muitas empresas procuram transferir o ónus para a indústria das TI, para que esta as ajude a implementarem práticas sustentáveis.

Cerca de 52% dos inquiridos pelo Capgemini Research Institute afirmou que as empresas tecnológicas devem incorporar uma dimensão de sustentabilidade computacional/tecnológica nos seus produtos e serviços, 61% quer que as empresas de TI ajudem a medir o impacto ambiental das suas TI e 45% está disposto a pagar até mais 5% por produtos e serviços de TI verdes.

 

Roteiro

O estudo apresenta ainda um roteiro a seguir para acelerar a sustentabilidade das TI e que inclui três fases: definir as bases de uma estratégia de TI verde que esteja alinhada com uma estratégia de desenvolvimento sustentável da empresa; criar um processo de governação com uma equipa dedicada às TI sustentáveis e o apoio da administração e transformar a sustentabilidade num pilar essencial da arquitetura de software, de modo a viabilizar as iniciativas de TI verdes.

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