Sem caixas, nem registo de produtos. Assim é o Continente Labs, que vai ser inaugurado esta quarta-feira, dia 26 de maio, em pleno centro da cidade de Lisboa.
“No Continente estamos sempre a pensar no passo seguinte, mas gostamos, ainda mais, de dar esse passo. A loja Continente Labs é a loja que nos aproxima do futuro. Esta é mais uma experiência pioneira do Continente, em desenvolvimento desde 2019, que permite reforçar as relações entre marca e consumidor e transformar a jornada de compra em algo ainda mais rápido, eficaz e com o mínimo de contactos possível, sempre em segurança. Bastam cinco segundos para comprar algo nesta nova loja”, explica Frederico Santos, diretor de Inovação e Transformação Digital da Sonae MC.
Aberta, diariamente, das 12 às 21 horas, a nova loja Continente Labs está localizada na Rua D. Filipa de Vilhena, junto ao Jardim do Arco do Cego. A a localização foi escolhida, em concreto, para garantir que a população, seja residente, profissional ou estudantil, seja suficientemente diversa e representativa. “Queremos ter a perspetiva de diferentes grupos populacionais, faixas etárias, todo o tipo possível de clientes que nos façam aprender sobre esta experiência. A dimensão da loja tem uma perspetiva de laboratório. Se tivéssemos uma loja de grande dimensão, teríamos muito mais dificuldade de montar, explorar e fazer evoluir as diferentes jornadas tecnológicas, de produto e de comunicação. Portanto, este era o conceito que fazia sentido na localização certa”, justifica Frederico Santos.

Um Continente em ponto pequeno
Com uma área de venda de 150 metros quadrados, o Continente Labs disponibiliza uma gama constituída por mais de mil produtos, incluindo frescos, como frutas e legumes, carne e peixe. A preocupação foi ter representação total da gama, como em qualquer outra loja Continente.
A loja disponibiliza ainda uma máquina de bebidas quentes da Nestlé, com seis bebidas, entre as quais o café, sem necessidade de introduzir moedas. Para aceder às bebidas alcoólicas, que também estão disponíveis, basta pedir a um colaborador que desbloqueie o expositor refrigerado. Em ambos os casos, o pagamento é feito da mesma forma que no resto da loja.
“Queremos ter a perspetiva de diferentes grupos populacionais, faixas etárias, todo o tipo possível de clientes que nos façam aprender sobre esta experiência. A dimensão da loja tem uma perspetiva de laboratório. Se tivéssemos uma loja de grande dimensão, teríamos muito mais dificuldade de montar, explorar e fazer evoluir as diferentes jornadas tecnológicas, de produto e de comunicação. Portanto, este era o conceito que fazia sentido na localização certa”
100% cashierless
Para evitar filas, caixas ou qualquer registo ou scan de produtos, na base do Continente Labs está a tecnologia de “machine vision” da startup portuguesa Sensei. O espaço está equipado com 230 câmaras e 400 sensores, que associam os produtos recolhidos das e devolvidos às prateleiras por cada cliente, criando carrinhos de compras virtuais.
A tecnologia utiliza uma redundância de sensores de prateleiras, para ter maior confiança sobre as ações dos clientes, ou seja, através do peso que é subtraído aquando da retirada do produto ou do peso que a prateleira recebe, se o cliente mudar de ideias e voltar a pousar o produto. “Estamos a trabalhar neste projeto, há cerca de três anos, e o que trazemos para aqui é a possibilidade de permitir ao cliente final ter uma experiência de compra totalmente diferente o habitual. Pode fazer as compras, como normalmente, mas no ato de saída não tem de pagar. A conta é cobrada através de uma aplicação. Temos aqui centenas de câmaras e outros tipos de sensores, que permitem detetar tudo o que se passa nesta loja. A nossa tecnologia está robusta, ao nível das referências mundiais nesta área, ao ponto confiarmos a abertura da loja ao cliente final, e não tanto a clientes internos nem como ‘proof of concept’. É uma loja real, aberta a clientes reais, o que nos traz novos desafios que estamos convictos de que vamos conseguir superar”, detalha Nuno Moutinho, Chief Technology Officer da Sensei.

Para entrar no ponto de venda, é necessário ao cliente descarregar a app Continente Labs, disponível gratuitamente para Android e iOS, e ser utilizador da app Cartão Continente com Continente Pay e fatura eletrónica ativos. À entrada, basta passar o código QR gerado pela app Continente Labs no leitor. Depois, tem total liberdade de movimento pela loja e pode recolher das prateleiras os produtos que quiser, colocá-los em sacos, se assim desejar (que pode levar consigo ou comprar na loja), e sair.
À semelhança de qualquer outro espaço comercial, o cliente pode, inclusive, fazer compras acompanhado, já que, ao entrar mais do que uma pessoa com o mesmo código, os produtos escolhidos por ambos serão adicionados num único carrinho virtual. O telemóvel encarrega-se do pagamento, com toda a segurança, e a fatura fica disponível, posteriormente, na app. “Ainda antes da situação provocada pela Covid-19, os clientes já começavam a privilegiar soluções mais simples de checkout. É uma tendência que temos vindo a acompanhar ,há já alguns anos”, continua Frederico Santos.
“A nossa tecnologia está robusta, ao nível das referências mundiais nesta área, ao ponto confiarmos a abertura da loja ao cliente final, e não tanto a clientes internos nem como ‘proof of concept’. É uma loja real, aberta a clientes reais, o que nos traz novos desafios que estamos convictos de que vamos conseguir superar”
Laboratório vivo
Segundo o diretor de Inovação e Transformação Digital da Sonae MC, o Continente Labs é uma loja de inovação do Continente, que tem como objetivo criar um conceito de loja pioneiro e inovador e testar novas soluções para o cliente, sejam estas tecnológicas ou não. “Trata-se de um laboratório vivo, onde vamos estar, sistematicamente, a criar uma série de componentes da experiência do cliente, para percebermos em que medida funcionam e melhoram essa experiência de compra e para aprendermos, de modo a poder decidir o que levar para o restante parque de lojas Continente, localizado pelo país fora. Os objetivos são aprender, experimentar e envolver os clientes no processo de inovação. Quantitativamente não temos, neste momento, objetivos. O nosso propósito é fazer uma série de experiências, ao longo dos próximos seis a nove meses, entender a reação dos clientes à tecnologia instalada e até que ponto melhora ou não a experiência de compra e, com base nos resultados, retirar conclusões para o que fazer a seguir”, conclui Frederico Santos.
“Os objetivos são aprender, experimentar e envolver os clientes no processo de inovação. Quantitativamente não temos, neste momento, objetivos. O nosso propósito é fazer uma série de experiências, ao longo dos próximos seis a nove meses, entender a reação dos clientes à tecnologia instalada e até que ponto melhora ou não a experiência de compra e, com base nos resultados, retirar conclusões para o que fazer a seguir”
Veja a galeria de imagens do novo espaço do Continente aqui.