in ,

Quase dois terços das mulheres já sofreu de “body shaming”

O mais recente estudo da Dove em Portugal aborda o tema do “body shaming”, definido como insultos ou comentários depreciativos ao corpo, com o objetivo de compreender a extensão da problemática e o seu impacto na autoestima e comportamentos das mulheres portuguesas.

O estudo servirá de base à nova campanha da marca, que pretenderá fomentar uma mudança de comportamento. “O propósito da Dove é garantir que todas as mulheres têm uma experiência de beleza positiva, por isso, temos vindo a estudar e abordar as questões que afetam a sua autoestima e as impedem de atingir o seu máximo potencial nas diferentes esferas da vida. O ‘body shaming’ é uma delas e apenas acabará se falarmos sobre o tema e sensibilizarmos as pessoas para o seu impacto negativo nos comportamentos e autoestima de quem sofre deste tipo de insultos ao corpo”, afirma Sofia Bargiela, responsável da marca em Portugal.

 

Body shaming

Segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o “body shaming” consiste numa forma de agressão que envolve criticar ou humilhar alguém através de comentários negativos e depreciativos acerca do corpo ou aparência física. Estas agressões podem ser feitas em público, em privado, por mensagem ou nas redes sociais, mas também podem ser autoinfligidas.

O mais recente estudo desenvolvido pela Dove em Portugal conclui que quase dois terços das mulheres portuguesas (64%) já sofreram ou sofrem de insultos ao seu corpo, seja presencialmente ou nas redes sociais. Os dados do inquérito revelam, ainda, que estes comentários negativos são feitos, sobretudo, pelas pessoas mais próximas das vítimas: amigos/conhecidos (76%) e familiares (56%).

De acordo com a psicóloga Filipa Jardim da Silva, os números são preocupantes. “Muito embora as redes sociais se tenham tornado um espaço de autoexpressão e crítica diária, é muito curioso perceber que o campo onde o ‘body shaming’ ganha vida é essencialmente entre amigos e no seio familiar, acabando a pressão instituída por esses núcleos sociais por exercer um enorme poder na autoestima das mulheres, privando-as de se sentirem bem no seu próprio corpo”, comenta.

De facto, 76% das mulheres afirma que gostava de se libertar dos julgamentos feitos ao seu corpo e 66% revela que este tipo de comentários tem um impacto negativo na sua autoestima. Embora se sintam emocionalmente afetadas, as vítimas de “body shaming” praticam, em 34% dos casos, “body shaming” a outras mulheres, conclui o mesmo estudo.

 

Insultos mais frequentes

Entre os insultos mais frequentes recebidos pelas mulheres, destacam-se os comentários negativos sobre o peso (82%), dimensão do peito (26%), o rosto (25%), a forma de vestir (23%), a altura (20%), o rabo (19%) e o cabelo (14%). “Isto mostra-nos como qualquer característica do corpo feminino pode ser alvo de críticas, pelo que a mulher está sujeita a uma pressão social muito elevada que lhe impõe padrões de beleza irrealistas”, explica Filipa Jardim da Silva, acrescentando que o “body shaming” não é inconsequente, “no sentido em que gera comportamentos pouco saudáveis por parte das mulheres, que apenas contribuem para que se sintam menos confiantes”.

A pesquisa conduzida pela Dove expõe alguns desses comportamentos mais frequentes: 67% das mulheres esconde o seu corpo, 58% recorre a dietas, 47% altera a sua rotina de cuidados de cosmética e 21% evita mesmo sair de casa como resultado dos insultos que recebe ao seu aspeto físico.

Infografia Body Love

Colheita da Terra

Capricho Andaluz lança solução monodose para o canal Horeca

IKEA

Ikea investe 3 mil milhões de euros na sua rede de lojas