Quase 75% dos retalhistas planeia aceitar pagamentos com criptomoedas, nos próximos dois anos, de acordo com o estudo “Merchants getting ready for crypto” realizado pela Deloitte.
Embora o pagamento com criptomoedas seja bastante recente, 83% dos retalhistas espera que o interesse dos consumidores nas moedas digitais aumente, ao longo do próximo ano.
Não obstante, embora os retalhistas estejam a planear aceitar criptomoedas como meio de pagamento, isso não significa que estejam necessariamente a planear manter estes ativos virtuais, mas sim recorrer a terceiros. Dada a imprevisibilidade do mercado das criptomoedas, a utilização desta estratégia é considerada menos arriscada para os retalhistas. Esta abordagem também torna mais rápido e fácil para os retalhistas permitirem pagamentos com moedas digitais, relata a Deloitte.
Barreiras
Os retalhistas reconhecem que há uma série de desafios a ultrapassar para permitir pagamentos com moedas digitais. Quase 90% citou a complexidade de tornar a sua infraestrutura financeira existente compatível com várias moedas digitais como o maior deles.
Além disso, a segurança das plataformas de pagamentos lidera a lista de barreiras à adoção, revela o inquérito, seguida de preocupações sobre a mudança do panorama regulamentar e da instabilidade do mercado da moeda digital. Mais de metade dos retalhistas concorda que é necessário aprovar certos regulamentos relativos às criptomoedas, incluindo orientações nacionais em torno da detenção de ativos digitais, clareza sobre as implicações fiscais e a capacidade de deter moedas digitais numa conta bancária.
Otimismo
Apesar das suas preocupações, os retalhistas continuam otimistas quanto aos benefícios de permitir pagamentos com criptomoedas. Quase metade acredita que este movimento irá melhorar a experiência e aumentar a sua base de clientes. “Prevemos que novas parcerias com instituições reguladas e estabelecidas no sector ajudarão a proporcionar os benefícios das moedas digitais, por exemplo, conveniência e apoio, e continuarão a construir a base de confiança necessária“, conclui o relatório.
