in

Custos da importação de alimentos sobem para nível recorde e ameaçam os mais pobres

Foto Shutterstock

Os custos das importações de alimentos, em todo o mundo, estão prestes a atingir um recorde de quase dois biliões de dólares, em 2022, acumulando pressão sobre os países mais pobres, informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Os preços dos produtos alimentares subiram para níveis recorde, em março, após a Rússia ter invadido a Ucrânia, produtor-chave de cereais e oleaginosas. Apesar de, desde então, terem recuado um pouco, permanecem acima dos níveis já elevados do ano passado.

O aumento está a afetar desproporcionalmente os países economicamente mais vulneráveis e espera-se que continue a fazê-lo, no próximo ano, mesmo que a situação da oferta agrícola global esteja a melhorar ligeiramente. “São sinais alarmantes do ponto de vista da segurança alimentar“, refere a FAO no seu relatório “Food Outlook”.

 

Mais 10%

A fatura mundial de importação de alimentos deverá atingir os 1,94 biliões de dólares, este ano, um aumento de 10%, em termos homólogos, e superior ao anteriormente esperado. “Os importadores estão a ter dificuldades em financiar o aumento dos custos internacionais, potencialmente anunciando o fim da sua resiliência a preços internacionais mais elevados“, diz a FAO.

Em termos das matérias-primas agrícolas, como os fertilizantes, que requerem muita energia na sua produção, a FAO disse que os custos globais de importação deverão aumentar quase 50%, este ano, para 424 mil milhões de dólares, forçando alguns países a comprar e a utilizar menos. Isto levará inevitavelmente a uma menor produtividade, a uma menor disponibilidade alimentar doméstica e a repercussões negativas para a produção agrícola global e para a segurança alimentar, em 2023.

 

2023

Olhando para a temporada 2022/2023, a agência vê a produção de trigo a subir 0,6%, em termos homólogos, para atingir um recorde de 784 milhões de toneladas, mas os aumentos são esperados, sobretudo, na China e na Rússia, com os inventários abaixo dos 8% no resto do mundo. A produção de cereais como milho, cevada e sorgo deverá cair 2,8%.

No entanto, do lado positivo, a produção de oleaginosas deverá recuperar 4,2% para atingir um nível recorde, a produção de açúcar aumentar 2,6%, enquanto a produção de arroz deverá manter-se nos níveis médios globais, graças à resiliência das resilientes na Ásia e à recuperação da produção em África.

Telepizza

Telepizza lança campanha As Eleitas dos Tugas

Criptomoedas

Quase 75% dos retalhistas planeia aceitar pagamentos com criptomoedas nos próximos 2 anos