Portugal ranking Soft Power
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Portugal entre os 30 países mais influentes do mundo

Segundo o relatório da Brand Finance

Portugal melhora a sua influência internacional ao subir três posições no ranking do Global Soft Power Index (GSPI), passando a ser o 27.º país mais influente.

Os Estados Unidos da América e o Reino Unido são as nações mais influentes do mundo em termos de “soft power,” de acordo com um novo relatório da Brand Finance. A China ocupa o terceiro lugar, um salto significativo no Índice Global de Soft Power de 2024, à medida que a Covid-19 se desvanece da consciência social.

A Brand Finance publica o Global Soft Power Index com base num inquérito realizado a mais de 170 mil inquiridos de mais de 100 países, para recolher dados sobre as perceções globais dos 193 Estados-membro das Nações Unidas. Graças ao âmbito do inquérito, o índice é o estudo mais abrangente do mundo sobre as perceções das marcas nacionais e fornece uma análise aprofundada da evolução do “soft power” à medida que as nações enfrentam grandes mudanças e desafios globais.

O “soft power” é definido como a capacidade de uma nação para influenciar as preferências e os comportamentos de vários atores na cena internacional (Estados, empresas, comunidades, públicos, etc.) através da atração e da persuasão e não da coerção. Cada país é avaliado em 55 parâmetros diferentes, para obter uma pontuação global de 100, e é classificado do primeiro ao 193.º lugar.

Pilar Alonso Ulloa, diretora geral da Península Ibérica (Espanha, Portugal) e América do Sul, comenta que “Portugal é um país reconhecido internacionalmente, com uma elevada familiaridade (7,1/10) e uma forte reputação (6,9/10). No entanto, enfrenta desafios em áreas críticas como a governação, as relações internacionais e os negócios e comércio, que têm impacto na perceção global da sua influência. Uma comunicação eficaz sobre as suas realizações e contribuições nos domínios da economia, da cultura e dos negócios será fundamental para progredir na classificação. Embora Portugal tenha melhorado os seus resultados nos últimos cinco anos, não consegue destacar-se acima da média internacional, o que o impede de continuar a aumentar a sua influência“.

 

Portugal sobe 3 posições 

Portugal posiciona-se como uma das 30 melhores marcas de “soft power”. O estudo de mercado reflete um aumento acima da média nos pilares da reputação (0,3 pontos para 6,9/10) e educação e ciência (0,3 pontos para 3,2/10).

Nos últimos quatro anos, Portugal realizou várias campanhas sob o lema “Melhor Destino do Mundo”, para promover o país, cada ano focando um aspeto diferente: 2021 como um dos melhores destinos turísticos do mundo, 2022 como um destino seguro e sustentável, 2023 focando o país como um destino para eventos e reuniões e em 2024 como um destino para o turismo de aventura e desporto. Todas estas campanhas têm tido um impacto positivo na promoção da marca Portugal, contribuindo para um aumento do turismo e do investimento estrangeiro.

Portugal tem realizado também diversos eventos e projetos ,que têm contribuído para o crescimento da métrica de educação e ciência. Estabeleceu colaborações de investigação com instituições e centros de investigação de renome internacional, em áreas como a biotecnologia, a inteligência artificial e as energias renováveis, como o Instituto de Medicina Molecular (IMM), o Instituto Superior Técnico (IST), o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) ou o Centro de Física Teórica e Computacional (CFTC). Estas colaborações e projetos conjuntos têm reforçado a reputação de Portugal como um centro de excelência científica e contribuído para o avanço do conhecimento em várias áreas de investigação.

 

Evolução do “soft power” de Portugal nos últimos 5 anos

Embora com valores um pouco mais baixos, Portugal apresenta um forte padrão de crescimento em termos de influência internacional, semelhante ao da vizinha Espanha. O país melhorou o seu “soft power”, passando de uma pontuação de 40,6/100 em 2020, para 50,1/100 em 2024. Isto deve-se ao facto de ter melhorado as pontuações em quase todos os pilares ao longo dos últimos cinco anos. No entanto, quando comparado com os restantes países, este crescimento não se reflete nas classificações das métricas, chegando mesmo a diminuir nalgumas delas.

Em termos de pontuações, Portugal apresenta o maior crescimento nos pilares de familiaridade (4,1 em 2024 versus 6,2 em 2020), influência (4,6 em 2024 versus 3,7 em 2020), negócios e comércio (5,4 em 2024 versus 3,5 em 2020), educação e ciência (3,2 em 2024 versus 2,2 em 2020) e media e comunicação (3,7 em 2024 versus 2,8 em 2020).

 

Países europeus são os que melhor classificam Portugal

Os países europeus classificaram Portugal, de um modo geral, de acordo com a sua posição no ranking, ou mesmo mais favoravelmente, situando-o entre 20 e 23. Na América Latina, as classificações são bastante variáveis, oscilando entre 20 e 34. Os países da América do Norte também atribuem classificações bastante positivas, com os Estados Unidos a classificarem Portugal em 28.º lugar, tal como a Austrália, enquanto o Canadá e o México consideram que Portugal deveria estar em 24.º lugar.

No entanto, Portugal enfrenta desafios em África e na Ásia. Dois países destacam-se por classificarem Portugal muito favoravelmente. O primeiro é Angola, que considera que Portugal deveria ocupar o terceiro lugar. As relações económicas e comerciais entre Angola e Portugal têm sido historicamente fortes, sendo Portugal um dos principais parceiros comerciais de Angola.

O segundo país é o Brasil, que ocupa o quinto lugar. As relações entre o Brasil e Portugal são históricas e profundas, com fortes laços culturais, económicos e diplomáticos. Ao longo dos anos, essas relações passaram por altos e baixos e momentos de tensão, mas, em geral, têm sido marcadas pela cooperação e compreensão mútua. Brasil e Portugal mantêm uma forte relação económica e comercial. Portugal é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil e as empresas portuguesas têm uma presença significativa em sectores como a banca, as telecomunicações e a energia. O Brasil, por sua vez, é um importante destino de exportação dos produtos portugueses.

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
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