A ambição de Portugal no futebol feminino quer subir ao nível da do futebol masculino.
O sorteio do Grupo B3 de qualificação para o campeonato da Europa de futebol feminino de 2025 colocou Portugal junto com Bósnia-Herzegovina, Irlanda do Norte e Malta. Reagindo ao sorteio, nas declarações à imprensa, o selecionador nacional Francisco Neto afirmou que Portugal, sendo “uma equipa do Pote 1”, deve assumir a sua responsabilidade, elevando os objetivos.
As declarações de Neto movimentam as odds de apostas e geram expectativa nos adeptos, que podem assim estar seguros de que a seleção feminina vai jogar com foco e exercendo pressão máxima nas adversárias.
Primeiro, os play-offs; depois, o Europeu
Os jogos do Grupo B3 realizar-se-ão entre abril e julho, em três jornadas duplas. A primeira realiza-se já a 5 e 9 de abril, com Portugal a receber a Bósnia e a deslocar-se a Malta. Tendo em conta que Portugal se encontra na 21.ª posição do ranking da FIFA de seleções femininas, enquanto as suas congéneres se encontram respetivamente na 64.ª e 86.ª posições, as odds preveem resultados favoráveis para a equipa das quinas. Francisco Neto rejeitou facilidades e salientou que o primeiro objetivo passa por chegar aos play-offs.
Os três primeiros classificados do grupo B3 chegarão aos play-offs de acesso ao Europeu, que se disputarão em outubro e dezembro. Com adversários teoricamente mais frágeis (tendo em conta que a Irlanda do Norte é 46.ª no ranking), as odds de que Portugal chegue aos play-offs são realmente elevadas.
Porém, Francisco Neto recorda que Portugal, tendo estado presente nos dois últimos Europeus e no último Mundial, não pode ter outro objetivo que não seja voltar a estar no Europeu. Tudo estará em aberto até ao encerramento dos play-offs, mas o selecionador conta que Portugal seja favorito nas odds de todos os jogos a disputar até ao início do Europeu, que decorrerá na Suíça, em julho do próximo ano.
Jogos particulares dão boas indicações
Os jogos realizados pela seleção em fevereiro sustentam a expectativas de bons resultados na fase de qualificação que se aproxima. A 21 de fevereiro Portugal bateu a República Checa por 3-1, com golos madrugadores de Ana Capeta e Carolina Mendes (aos 2 e 4 minutos) e Joana Marchão a encerrar as contas aos 75 minutos, depois de as checas terem reduzido aos 64 minutos. A 27 de fevereiro Portugal bateu a Coreia do Sul por 5-1, tendo construído o essencial do resultado no último quarto de hora da primeira parte; depois de Joana Marchão ter marcado aos 18 minutos, foi a vez de Telma Encarnação, Andreia Faria e Jéssica Silva colocarem o marcador em 4-0 ao intervalo. Jéssica Silva bisou aos 52 minutos; as coreanas fizeram o ponto de honra aos 80 minutos.
Futebol feminino: uma realidade em crescimento
O futebol feminino cresce a cada dia, inclusive nas casas de apostas, nomeadamente porque o Campeonato Nacional Feminino está incluído na lista de modalidades autorizadas para fornecer apostas licenciadas, publicada pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos e de acordo com a lei. E se nas duas primeiras décadas do campeonato o interesse era muito localizado, com a chegada de Benfica e Sporting (criando mais uma “frente de batalha” na rivalidade eterna entre ambos) o Nacional Feminino ganhou muita visibilidade. Os dois “Grandes” de Lisboa venceram cinco dos últimos seis campeonatos disputados (com uma intromissão do SC Braga) e as odds sugerem que os títulos continuarão a “cair” para as duas grandes “powerhouses” do desporto nacional aqui presentes.